A busca por métodos alternativos para tratar diversas disfunções do corpo e mente está cada vez mais em alta. Atualmente, até o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimentos de Práticas Integrativas e Complementares (PICS).
Dentre essas práticas, a aromaterapia vem se destacando, devido à facilidade de aplicações, que muitas vezes acaba ocorrendo sem indicação médica ou terapêutica.
Apesar do uso da aromaterapia ser mais livre, vale destacar que o emprego incorreto dos óleos essenciais pode acarretar em alguns danos à saúde, como reações alérgicas e até intoxicações.
Isso porque, o aumento da procura dos óleos essenciais fez surgir diversas opções falsificadas ou repletas de substâncias químicas, que diferente dos originais, não surtem efeitos benéficos para a saúde. Além disso, pelo fato desses produtos serem extremamente acessíveis, adquiridos sem receitas e em qualquer farmácia ou loja virtual, o uso indiscriminado e sem orientação, resulta em efeitos prejudiciais, como destacado a seguir.
Consequências do uso inadequado de óleos essenciais
As formas de aplicação dos óleos essenciais são variadas e devem ser utilizadas, de acordo com a indicação terapêutica.
Inalação, vaporização, banhos e massagens estão entre as práticas mais utilizadas durante a aromaterapia, entretanto, muitas pessoas costumas utilizar o óleo de forma mais direta, aplicando sobre a pele ou até ingerindo.
A ingestão do óleo essencial merece cuidado, visto que muitos desses produtos são tóxicos aos sistema digestivo.
Um estudo da Austrália apontou que os casos de envenenamento por óleo essencial aumentou cerca de 16% nos últimos anos, de acordo com dados do NSW Poisons Information Centre de Nova Gales do Sul.
Na maioria desses casos, os óleos foram utilizados via oral, seja por sugestão dos fornecedores, como também pela desinformação sobre a segurança e eficácia de fazê-lo.
Entre os sintomas da intoxicação com óleo essencial, a busca por atendimento deve ser priorizada em casos de:
- Vômitos
- Excitação do sistema nervoso central
- Pneumonia por inalação
- Dores de cabeça
Outro problema bem recorrente no uso dos óleos essências é a reação alérgica, que pode ocorrer quando o produto é aplicado diretamente na derme. Manchas e irritação na pele indicam a alergia, inclusive, outros sintomas como dores de cabeça, espirros, lacrimejamento, também indicam que o uso do óleo deve ser evitado.
Leia também: Tratamentos alternativos prometem controlar a Psoríase
Verificar a procedência do óleo essencial ainda é a melhor solução!
Apesar desses efeitos adversos, o uso de óleo essencial, sem dúvidas, pode transformar a qualidade de vida e bem estar de muitas pessoas. Mas para isso é imprescindível priorizar a procedência do produto.
Óleos essenciais, que podem ser utilizados com segurança e eficácia, deve conter no rótulo a taxa de pureza e naturalidade. O mais indicado é adquirir óleos 100% puros e naturais. Os orgânicos também são excelentes opções.
Evitar os produtos sintéticos também pode ajudar a prevenir reações adversas, já que eles são compostos por derivados do petróleo, diferente dos naturais que são extraídos de plantas e substâncias orgânicas.
Na hora de usar o óleo essencial, muitas pessoas acabam pegando receitas da internet, que indicam a misturas de diferentes essenciais, entretanto, isso acaba gerando uma confusão de estímulos químicos, inclusive, uma substância pode anular a outra.
Diante disto, fica o alerta para buscar sempre uma indicação de especialista, a fim de garantir os melhores resultados com o uso dos óleos essenciais.