No sistema financeiro brasileiro, existe um montante significativo de recursos que ainda não foram sacados pelos brasileiros. Segundo o Banco Central, até o fim de outubro, havia cerca de R$ 7,52 bilhões esquecidos pelos correntistas. Apesar disso, o Sistema de Valores a Receber (SVR) conseguiu devolver aproximadamente R$ 5,31 bilhões até o momento.
Essa quantia representa apenas 27,85% do total de 60.492.862 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro do ano passado.
O Sistema de Valores a Receber (SVR) foi criado para facilitar o resgate de recursos esquecidos no sistema financeiro brasileiro. Ele permite que os correntistas consultem e solicitem o reembolso desses valores de forma simples e gratuita. O SVR disponibiliza diversos tipos de valores, desde contas-corrente ou poupança encerradas até recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados.
Além disso, o sistema também permite o resgate de valores de pessoas falecidas, com acesso para herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais.
Até o fim de outubro, 16.847.044 correntistas haviam resgatado valores através do SVR. No entanto, esse número representa apenas uma parcela dos beneficiários, correspondendo a apenas 27,85% do total. Entre os correntistas que já fizeram o resgate, a maioria é composta por pessoas físicas (16.035.064), enquanto 811.980 são pessoas jurídicas.
Por outro lado, ainda existem 40.583.355 pessoas físicas e 3.062.463 pessoas jurídicas que ainda não realizaram o saque.
Os valores a receber através do SVR são bastante variados. A maioria dos beneficiários tem direito a pequenas quantias, sendo que 62,98% dos correntistas têm valores de até R$ 10 a receber. Já os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,71% dos beneficiários.
A faixa de valores entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representa 9,64% dos clientes, enquanto apenas 1,68% têm direito a receber mais de R$ 1 mil.
Após ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com algumas melhorias significativas. Agora, o sistema permite a impressão de telas e protocolos de solicitação para compartilhamento no Whatsapp, facilitando o processo de resgate.
Além disso, todas as fontes de recursos esquecidos previstas na norma do SVR foram incluídas, tornando o sistema mais abrangente. Outra melhoria importante é a sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.
É importante ressaltar que existem golpes de estelionatários relacionados ao resgate de valores esquecidos. O Banco Central alerta os correntistas a terem cuidado e não caírem em armadilhas. Todos os serviços do SVR são totalmente gratuitos, e o Banco Central não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou confirmar dados pessoais.
Apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. Por isso, é fundamental que nenhum cidadão forneça senhas ou informações pessoais a terceiros.
Ademais, o Sistema de Valores a Receber (SVR) é uma ferramenta importante para que os brasileiros possam resgatar os recursos esquecidos no sistema financeiro. Apesar de ainda existir uma quantia considerável de R$ 7,52 bilhões a serem sacados, o SVR já conseguiu devolver R$ 5,31 bilhões aos correntistas.
Com a reabertura do sistema e as melhorias implementadas, a expectativa é de que cada vez mais pessoas possam resgatar seus valores esquecidos. No entanto, é fundamental que os correntistas estejam atentos a possíveis golpes e tomem os devidos cuidados ao utilizar o SVR.