A queda do Império Romano do Ocidente provoca uma série de consequências muito importantes em todo o mundo.
Assim, não é de se surpreender que esse assunto seja cobrado com grande frequência em diversas provas de história, com um destaque para os vestibulares.
Para te ajudar a se preparar melhor, o artigo de hoje trouxe a análise de uma questão de vestibular sobre a queda de Roma. Confira!
(Unicamp – 2009) Após a tomada e o saque de Roma pelos visigodos, em 410, pagãos e cristãos interrogaram-se sobre as causas do acontecimento. Para os pagãos, a resposta era clara: foram os maus princípios cristãos, o abandono da religião de Roma, que provocaram o desastre e o declínio que se lhe seguiram. Do lado cristão, a queda de Roma era explicada pela comparação entre os bárbaros virtuosos e os romanos decadentes: dissolutos, preguiçosos, sendo a luxúria a origem de todos os seus pecados.
(Adaptado de Jacques Le Goff, “Decadência”, em História e Memória. Campinas, Ed. da Unicamp, 1990, p. 382-385.)
A questão proposta pelo vestibular da Unicamp aborda as diferentes visões sobre a queda de Roma e também a transformação da situação dos cristãos no Império Romano.
Uma possível resposta para a alternativa A seria:
De acordo com o texto de Jacques Le Goff, podemos perceber que os pagãos acreditavam que a queda de Roma era um castigo provocado pelo abandono da crença nas divindades romanas.
Os cristãs, por sua vez, acreditavam que o evento era um castigo de Deus devido aos pecados cometidos pelos homens.
A alternativa B, que fala de transformações ocorridas entre o Império e os cristãos, poderia ser respondida da seguinte maneira:
Três importantes momentos na relação entre o Império Romano e o cristianismo podem ser destacados. O primeiro se refere ao período inicial, no qual os cristãos eram perseguidos. O segundo, por sua vez, se refere ao período que sucede a assinatura do Edito de Milão, por meio do qual o Império Romano concede liberdade de culto aos cristãos.
O terceiro momento, por fim, se refere à assinatura do Edito de Tessalônia, por meio do qual o cristianismo se torna a religião oficial do Império Romano.