Infelizmente, a qualidade de vida do estudante é deixada de lado frequentemente, como se o “sacrifício” de estudar sem parar fosse algo “digno” ou “bonito”. Porém, essa romantização do sofrimento acadêmico só nos mostra o quanto devemos falar sobre o bem-estar do estudante e o quanto isso precisa ser trabalhado para garantir a saúde mental do mesmo.
Pensando nisso, trouxemos alguns apontamentos importantes sobre o tema para que você possa refletir conosco sobre o assunto.
Antes de qualquer coisa, é preciso quebrar com o tabu de que quanto mais horas se estuda por dia, mais sucesso terá no futuro. Até porque, aqui cabe o velho ditado que diz que “quantidade não é qualidade”. Em outras palavras, qual a intenção de estudar 5 horas seguidas se, de fato, apenas a primeira hora foi produtiva e proveitosa?
Muitas vezes os jovens acabam se iludindo, acreditando que o sacrifício sem fim é um preparo mais intenso para o futuro. Porém, esse tipo de atitude tende a simplesmente desgastar o bem-estar e leva o estudante ao que chamamos de esgotamento psicológico. E quando este esgotamento psicológico se instaura, a desmotivação nos estudos surge, assim como a falta de concentração e a ansiedade.
Considerando estes fatores, é preciso estabelecer uma rotina que priorize a saúde física e mental, elencando os estudos não como prioridade acima de qualquer coisa, mas sim, como algo importante que deve ser encaixado de forma saudável no cotidiano do jovem. Para tanto, veja algumas recomendações:
Engana-se quem pense que a pessoa “bem-sucedida” tem a vida perfeita. É muito provável que, na verdade, ela esteja em busca de algo maior e, enquanto não alcança, se sente como você.
Isso nos dá a entender que nunca chegaremos a um nível onde poderemos dizer “agora sim, cheguei lá”, pois um dos sentidos da vida é sempre ter um caminho novo para trilhar.
Da mesma forma, a comparação tende a ser nociva porque você estará colocando a sua rotina, história e vida ao lado de pessoas que tiveram outras oportunidades, outros suportes e outra trajetória. Isso é completamente injusto com você!
A qualidade de vida do estudante pode “desabar” quando este passa a se comparar com outros. Afinal, a tendência é que sempre olhemos para alguém que está no “topo”, sem observar tudo o que a pessoa viveu para chegar lá.
É claro que precisamos manter o foco nos estudos, assim como é preciso estabelecer metas atingíveis. Porém, pare de simplesmente deixar tudo de lado em prol dos seus estudos. A sua felicidade pode estar sendo “jogada fora” com essa romantização de que vida corrida é algo bom!
Portanto, procure sempre ter uma vida regada com hábitos saudáveis, onde você possa sim dizer que dorme bem, pratica exercícios e se alimenta adequadamente. Afinal, não vale a pena sacrificar a sua saúde em prol de uma nota mais alta. Até porque, mais tarde, você poderá adoecer mesmo com um “boletim brilhante”.
Pense nisso e busque sempre praticar o autoconhecimento, através da psicoterapia ou dos simples exercícios de olhar mais para si mesmo.