Dentro do mundo da numismática, uma pergunta costuma ser muito comum: afinal de contas, vale mesmo a pena colecionar moedas olímpicas? Estas peças costumam exercer um certo fascínio entre os colecionadores.
As moedas olímpicas foram lançadas pelo Banco Central (BC) ainda em 2016 com o objetivo de homenagear os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Essa edição das Olimpíadas foi considerada histórica justamente justamente porque foi a primeira realizada na América do Sul.
Mas o que se sabe sobre as moedas? De acordo como os catálogos numismáticos mais atualizados, vale a pena colecionar as peças em questão. Mas em todos os casos, é importante prestar atenção aos detalhes.
As moedas olímpicas
Como dito, as moedas olímpicas de 1 real foram lançadas pelo Banco Central (BC). De uma maneira geral, elas são consideradas especiais porque contam com algumas características específicas.
Para ajudar no processo de identificação, listamos abaixo um grupo com as principais características do exemplar, tomando como base as informações previamente disponibilizadas pelo próprio BC:
- Material: inox+bronze
- Diâmetro: 27,0 mm
- Massa: 7,00 g
- Espessura: 1,95 mm
- Bordo: serrilhado interm.
- Eixo: reverso moeda (EH) ?
- Circulação: de 28/11/2014 a atual
- Desenho do Anverso: Imagem representando o Atletismo, logomarca dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e dístico BRASIL
- Desenho do Reverso: No anel dourado, grafismo indígena marajoara. No núcleo prateado, esfera sobreposta por uma faixa de júbilo, que, com a constelação do Cruzeiro do Sul, faz alusão ao Pavilhão Nacional, e os dísticos correspondentes ao valor facial e ao ano de cunhagem
As Olimpíadas de 2016
Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foram realizados em agosto daquele ano na cidade do Rio de Janeiro. Aquela foi a primeira vez que uma edição olímpica foi realizada na América do Sul. Quase todas os países do mundo enviaram atletas aos jogos em questão.
Naquela ocasião, o evento foi realizado em um contexto de grande ebulição política no país, já que a então presidente Dilma Rousseff (PT) foi retirada do cargo de chefe do executivo apenas alguns dias antes dos Jogos. Quem abriu a Cerimônia de Abertura foi o seu vice-presidente, Michel Temer, que tinha acabado de assumir o poder.
Antes de toda esta polêmica, o Banco Central (BC) decidiu lançar as moedas comemorativas, que viraram uma espécie de febre entre os colecionadores. A cada ano que passa, os exemplares se tornam mais raros, e já podem ser vendidos por um alto valor quase dez anos depois da realização dos Jogos.
Os valores as moedas
De acordo com os catálogos numismáticos mais atualizados, existem seis casos de moedas olímpicas que podem ser vendidas por muito dinheiro neste ano de 2025.
Mas para que isso aconteça, é necessário que o exemplar conte com uma característica específica conhecida no meio da numismática como reverso invertido. Veja detalhes:
O que é uma moeda reverso invertido?
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário saber que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.