A partir de janeiro de 2023, o Ministério da Cidadania deverá passar por uma mudança de comando. Esta é a pasta responsável pelos pagamentos de programas sociais como Bolsa Família e vale-gás nacional. Contudo, até agora não é possível saber quem será a pessoa designada para tratar destas questões durante o novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo informações de bastidores colhidas pelo jornal O Estado de São Paulo e divulgadas neste final de semana, Simone Tebet (MDB) segue como uma das mais cotadas para assumir o cargo. Por se tratar de uma pasta que trata diretamente da questão da fome no Brasil, ela teria demonstrado interesse. Este foi um dos temas mais tratados durante a sua campanha presidencial este ano.
De todo modo, o fato é que uma ala do PT estaria se posicionando contra a indicação de Tebet para o cargo. O motivo, ainda conforme as informações de O Estado de São Paulo, é que esta ala do partido acredita que o Ministério da Cidadania é um dos mais importantes do governo, já que trata de um tema que sempre esteve presente na linha de frente das campanhas do PT: o combate à fome.
Neste sentido, esta ala defende que a nova gestão indique uma pessoa do PT para o comando. Já existem alguns nomes cotados dentro do partido. A ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do governo Dilma Rousseff (PT), Tereza Campello também faz parte do grupo de transição na área e vem concedendo uma série de entrevistas sobre o tema nas últimas semanas.
Independente das vontades das diferentes alas do PT, o fato mesmo é que a decisão deverá ser tomada pelo presidente eleito, Lula. Ele já anunciou os nomes de alguns ministros do seu novo governo, mas segue em silêncio sobre a área que vai comandar a pasta responsável pelos programas sociais como o Bolsa Família e o vale-gás nacional, por exemplo.
Informações da jornalista Daniella Lima, da CNN Brasil, dão conta de que nesta corrida pelo comando do Ministério, Simone Tebet ganhou alguns pontos nesta semana que passou. O motivo foi a defesa que a senadora fez para a aprovação da PEC da Transição no Senado Federal.
Tebet esteve na linha de frente da conquista de votos para aprovar o texto e ajudou na vitória de Lula. Há relatos de que Tebet entrou em vários gabinetes antes da aprovação do texto e conseguiu fazer com que alguns parlamentares indecisos ajudassem a aprovar o documento.
“Cabe a nós, em uma construção da cidadania, nos juntarmos e resolver o problema. Nós não estamos apressados, não. Nós estamos atrasados em uma dívida com milhões e milhões de crianças neste país”, disse a Senadora.
Independente da pessoa que comandará a pasta do Bolsa Família em 2023, o fato é que o Ministério deverá passar por uma série de turbulências logo nos primeiros meses.
Hoje, já existe a expectativa de realização de um pente fino nas contas de quase 5 milhões de pessoas que hoje recebem o dinheiro do benefício social. Estes cidadãos poderão passar por exclusões já nos meses de fevereiro e março.