A manhã desta terça-feira (18) começou com protestos na capital federal. De acordo com informações oficiais, servidores públicos do Banco Central (BC) estão fazendo uma paralisação de duas horas na frente do prédio da autarquia. A expectativa é que essa seja a primeira das três paradas que estão programadas.
De acordo com os manifestantes, o pedido máximo desse protesto é um reajuste salarial. Basicamente eles estão pedindo um aumento de 28,15% nos contracheques. Esse movimento não iria acontecer. Mas o presidente Jair Bolsonaro falou que iria dar o reajuste para os policiais federais, e aí outras categorias pediram o aumento também.
De acordo com informações de bastidores os manifestantes estão realizando essa movimentação como uma espécie de teste. A ideia é saber como anda a força da mobilização da categoria neste momento. Aliás, em caso de resultado positivo para eles, não está descartada uma greve geral.
Além do reajuste, os servidores pedem também que o Governo reabra os diálogos com representantes da categoria. De acordo com os líderes do protesto, eles querem participar das negociações que envolvem os interesses dessa classe trabalhista. Pelo menos até a publicação deste artigo, o Palácio do Planalto não tinha se manifestado.
De acordo com relatos de pessoas presentes, algo em torno de 200 trabalhadores estão no local. Eles estão sendo movimentados por carros de som que também se encontram em frente ao estacionamento do Banco Central (BC). Vários funcionários estão se revezando no microfone e gritando palavras de ordem.
De acordo com as informações oficiais, os atos que estão acontecendo nesta terça-feira (18) foram convocados pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate). Esse é o grupo que está organizando tudo.
“Hoje é um dia histórico para o serviço público federal, estamos vindo à rua para dizer que não vamos aceitar o tratamento indigno que o governo Bolsonaro tem dispensado ao serviço público”, disse Rudinei Marques, presidente da Funacate.
Esse mesmo grupo de servidores públicos vem afirmando que as suas demandas precisam ser atendidas até o final deste mês de janeiro. Caso o Governo não obedeça esse prazo, eles estão prometendo entrar em greve na segunda quinzena de fevereiro.
De acordo com informações de bastidores, o Governo Federal está temendo que isso vá acontecer agora. Há quem diga que isso poderia ser uma notícia ruim para o presidente Jair Bolsonaro em pleno ano eleitoral. O Palácio do Planalto segue negando essas acusações. Pelo menos publicamente.
Ainda falando em ano de eleições, vale lembrar que alguns líderes do Governo Federal estão dizendo que essas manifestações andam acontecendo por interesses políticos. Eles afirmam que o objetivo seria justamente desestabilizar Bolsonaro.
Por outro lado, no entanto, alguns críticos dizem que o Governo agiu com interesse político ao anunciar um reajuste apenas para as forças de segurança. Vale lembrar que essa foi uma das áreas que mais apoiaram o presidente durante a sua eleição em 2018.