Se você ainda não sabe se o Governo Federal vai prorrogar o Auxílio Emergencial, fique sabendo que nem o próprio Palácio do Planalto sabe ainda. De acordo com as informações de bastidores, estaria muito difícil chegar em um consenso entre as diferentes alas do Palácio do Planalto neste momento.
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De um lado, um grupo do Governo quer a prorrogação do Auxílio Emergencial. Chama atenção aqui o Ministro da Cidadania, João Roma. Ele vem dizendo em diversas entrevistas que a extensão do programa seria importante. Recentemente, ele disse que se o Planalto não fizer isso, cerca de 25 milhões ficarão sem nada a partir de novembro.
Vale lembrar que o Ministro João Roma está em seus momentos finais neste cargo. Ainda de acordo com informações de bastidores, eles deverão sair dessa posição para cuidar da sua candidatura ao Governo do estado da Bahia. Ele ainda não confirma essa informação, mas também não está negando.
Do outro lado, uma ala não quer a prorrogação do Auxílio Emergencial. Deste lado do ringue, está o Ministro da Economia, Paulo Guedes. Em entrevista nesta terça-feira (12), ele disse que o programa só vai seguir fazendo pagamentos se a situação da pandemia piorar muito. A declaração causou desconforto no Palácio do Planalto.
Guedes vem batendo na tecla de que o Governo Federal precisa respeitar o limite de teto de gastos públicos. De acordo com ele, existe uma ala dentro do poder executivo que estaria mais preocupada com a reeleição de Bolsonaro do que com as despesas que o Planalto poderá contrair com essa prorrogação.
O Ministro Paulo Guedes tem outros planos para o futuro dos auxílios no Brasil. De acordo com ele, o ideal é que o Governo mantenha apenas o novo Bolsa Família a partir do próximo mês de novembro.
De acordo com as contas do próprio Ministério da Cidadania, que é a pasta que responde pelo programa, essa manobra poderia deixar algo em torno de 25 milhões de pessoas sem nenhum tipo de ajuda a partir do próximo mês.
Para Guedes, o cenário ideal, no entanto, é seguir pagando essa ajuda apenas para os mais vulneráveis. Para os outros, o plano é investir em empregos para que essas pessoas consigam construir as suas rendas sem precisar de auxílios.
Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, cerca de 14,6 milhões de indivíduos são beneficiárias do Bolsa Família. Parte desses cidadãos está recebendo momentaneamente os valores do Auxílio Emergencial.
De qualquer forma, é de se esperar que todas essas pessoas conseguirão entrar para o novo Bolsa Família a partir de novembro. Junto com eles, deverão entrar também aqueles 2,2 milhões que estão na fila de espera para a entrada no programa.
De acordo com informações de bastidores, o plano do Governo Federal é aumentar a quantidade de usuários do Bolsa Família dos atuais 14,6 milhões para cerca de 17 milhões. Agora é esperar para saber se eles irão conseguir bater mesmo esta meta.