Se depender de uma ala específica do Governo Federal, o Auxílio Emergencial ainda vai durar por muito mais tempo. De acordo com informações de bastidores, algumas pessoas dentro do Palácio do Planalto estão defendendo que o projeto dure, pelo menos, até janeiro de 2023, ou seja, até depois das eleições presidenciais, resultado em uma prorrogação de 14 parcelas.
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Só que essa mesma ala defende que isso seja feito considerando uma grande queda no número de usuários do programa. Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, o Auxílio Emergencial atende algo em torno de 35 milhões de pessoas. Isso poderia cair para apenas 14 milhões a partir do próximo mês.
Na prática, essa ala está defendendo que o Auxílio Emergencial siga apenas para os usuários do Bolsa Família. Então, por essa lógica, os ditos informais perderiam todos os seus benefícios daqui a algumas semanas. Os membros do Governo ainda não sabem o que aconteceria com eles caso esta ideia vá para frente.
Em entrevista recente, o Ministro da Cidadania, João Roma, reconheceu que algo em torno de 25 milhões de pessoas perderam seus auxílios nas próximas semanas. Isso deve acontecer apenas se o Governo Federal não prorrogar o Auxílio Emergencial por pelo menos mais alguns meses.
Essa ala, no entanto, quer que a prorrogação aconteça apenas para os 14 milhões de usuários do Bolsa Família. Caso isso aconteça, então os 25 milhões seguiram sem benefícios mesmo com o aumento dos meses de pagamentos do Auxílio Emergencial. Então, pelo menos na prática, não resolve o problema apontado por João Roma.
O Governo Federal começou os pagamentos do Auxílio Emergencial ainda no ano passado no início do período pandêmico por aqui. Naquele primeiro momento, os repasses eram de R$ 600 podendo chegar em R$ 1200.
No final de dezembro, o Governo Federal optou por cancelar o programa. E essa ordem seguiu durante os três primeiros meses de 2021. Só diante de um cenário de piora da pandemia é que eles decidiram retomar os pagamentos em abril deste ano.
Só que desta vez, o projeto está sendo executado em uma versão menor. O número de usuários, por exemplo, caiu dos quase 70 milhões de 2020 para pouco mais de 35 milhões este ano. Os valores máximos também despencaram de R$ 1,2 mil para cerca de R$ 375 por mês.
Falando em Auxílio Emergencial, vale lembrar que esta segunda-feira (18) é uma data importante para o programa. É que o Governo Federal começou oficialmente os repasses da 7ª parcela do projeto.
Agora é a vez dos usuários do Bolsa Família que tenham o Número de Inscrição Social (NIS) terminando em 1. Ainda nesta semana, o Governo também vai começar as liberações deste ciclo para os usuários informais do projeto.
O que se sabe oficialmente é que esta vai ser a última parcela do benefício. Só que isso pode mudar a qualquer momento. Dentro do Governo Federal há uma ala do Planalto que quer prorrogar o projeto por mais alguns meses. Agora só resta esperar para saber se isso vai mesmo acontecer.