Pronomes: Evite repetição de substantivos na oração
Fundamentais para evitar repetição do substantivo na oração
Pronomes estão dentro das classes gramaticais da norma padrão da Língua Portuguesa, assim como os substantivos e adjetivos. É importante saber as suas classificações para identificá-los no contexto e facilitar a comunicação.
A principal característica é que seu uso pode evitar repetição desnecessária de palavras. Com isso, o texto fica mais rico gramaticalmente. Classificam-se em: possessivos, pessoais, interrogativos, demonstrativos, indefinidos, de tratamento e relativos.
Pronomes possessivos
Como o nome sugere, indicam relação de posse e que algo pertence a quem está falando ou a quem se fala. São eles: meu, teu, seu, nosso e vosso. Estes pronomes variam de acordo com a pessoa com quem se fala (1ª, 2ª ou 3ª), em gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou plural).
Pronomes pessoais
São usados para indicar a pessoa no discurso e podem ter a função do sujeito ou de objeto do verbo. Assim como os demais pronomes, os do caso pessoal também têm classificação. Eles podem receber a designação de retos ou oblíquos. Seus usos variam de acordo com a função na frase.
Os pronomes pessoais de caso reto desempenham o papel do sujeito. Exemplo: ele só viajará se tiver dinheiro. Note que o termo “ele” substitui o nome, que poderia ser qualquer um como “Felipe só viajará se tiver dinheiro”. Quanto às variações dos pronomes pessoais do caso reto, têm-se: eu, tu, ele, nós, vós, eles.
Já os pronomes pessoais do caso oblíquo têm a função de objeto de um verbo e suas variações são:
1ª pessoa: me, mim, comigo
2ª pessoa: te, ti, contigo
3ª pessoa: se, si, consigo, o, a, lhe
4ª pessoa: nos, conosco
5ª pessoa: vos, convosco
6ª pessoa: se, si, consigo, os, as, lhes
Observação: comumente, ouve-se dizer: “Está tudo bem entre eu e ele”. No entanto, esta é uma forma errada, pois não pode-se admitir dois pronomes do caso reto juntos. Assim, o correto é: “Está tudo bem entre mim e ele”.
Pronomes oblíquos átonos
Chama-se de pronome oblíquo átono me, te, nos e vos porque eles não vêm acompanhados de preposição.
Pronomes Interrogativos
São usados para interrogar e admitem duas opções: de modo direto e indireto. Na interrogação de modo direto, por exemplo, tem-se: “quem fez o almoço?”. Enquanto que na interrogação de modo indireto, questiona-se: “gostaria de saber quem fez o almoço”.
Os pronomes interrogativos são: que, quem, qual e quanto. No entanto, há possibilidade de admitir variações das palavras “qual” e “quanto” para “quais” e “quantos” ou “quantas”.
Conforme os exemplos a seguir, têm-se:
Que horas ela volta?
Quem vai ao show?
Qual é a sua cor favorita?
Quais são os seus sonhos?
Quantos livros você já leu?
Quantas cartas você escreveu?
Pronomes demonstrativos
Indicam o lugar de um objeto ou de uma pessoa em relação às outras pessoas da conversa. São: este, esta, estes, estas, esses, essas, isto, isso, aquele, aquela, aqueles, aquelas e aquilo. Outras palavras podem desempenhar a função de demonstrativos como: o, a, os, as, mesmo, mesma, mesmos, mesmas, próprio, própria, próprios, próprias, tal, tais, semelhante e semelhantes.
Os demonstrativos devem ser usados de acordo com a posição da pessoa em relação ao tempo, espaço e discurso. O contexto espacial refere-se a algo que está perto de quem fala. Para isto, utiliza-se “esta”, “este”, ”estes”, “estas” e “isto”. Exemplo: vendo este livro. Note que “esta” dá ideia de proximidade. Já quando quem fala se refere a algo que está perto de quem ouve, usa-se “essa”, “esse”, “essas”, “esses” e “isso”. Assim: me empreste esse livro.
O contexto temporal faz referência ao presente, a um passado próximo ou distante. Exemplos: esta semana está cheia de eventos; essa semana foi cheia de eventos (o pronome dá ideia de passado próximo) e aquela semana foi cheia de eventos (neste caso, o pronome transmite ideia de passado distante).
Já no discurso, o pronome admite duas formas: antes do que vai ser anunciado ou depois. Assim: “Na feira, vou comprar isto: goiaba, laranja e melancia” ou “Goiaba, laranja e melancia”: isso que fui comprar na feira”.
Pronomes indefinidos
Substituem a 3ª pessoa gramatical de maneira imprecisa e são divididos em variáveis e invariáveis.
Pronomes indefinidos variáveis: pouco, pouca, poucos, poucas, nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, todo, toda, todos, todas, algum, alguma, alguns, algumas, outro, outra, outros, outras, quanto, quanta, quantos, quantas, qualquer, quaisquer, qual, muito, muita, muitos, muitas, certo, certa, certos, certas, vário, vários, várias, tanto, tanta, tantos, tantas, um, uma, uns e umas.
Pronomes indefinidos invariáveis: tudo, nada, cada, quem, alguém, ninguém, algo e outrem.
Pronomes de tratamento
Como forma de tratar com respeito a pessoa com quem o interlocutor dialoga, usam-se os pronomes de tratamento em ocasiões formais, com exceção do pronome “você”. São eles:
Você (V./VV): único pronome de tratamento utilizado em situações informais.
Senhor (es) e Senhora (s) (Sr, Sr.ª (singular) e Srs., Srª.s. [plural]): normalmente utilizado para conversar com pessoas mais velhas.
Vossa Senhoria (V. S.ª/V. S.ªs): usado em correspondências e textos escritos.
Vossa Magnificência (V. Mag.ª/V. Mag.ªs): utilizado para falar com reitores de Universidades.
Vossa Excelência (V. Ex.ª/V. Ex.ªs): pronome utilizado para se dirigir a pessoas com alta autoridade como Presidente da República.
Vossa Majestade (VM/VVMM): utilizado para Reis e Rainhas.
Vossa Alteza (V.A.(singular) e V.V.A. A. [plural]): usado para se dirigir a príncipes, princesas e duques.
Vossa Santidade (V.S.): utilizado para o Papa.
Vossa Eminência (V. Ex.ª/V. Em.ªs): pronome usado para conversar com Cardeais.
Vossa Reverendíssima (V. Rev.m.ª/V. Rev.m.ªs): usado para sacerdotes e demais religiosos.
Pronomes relativos
Quando o substantivo já foi dito na oração, utilizam-se os pronomes relativos para retomar a palavra dita anteriormente e evitar a sua repetição. Eles podem ser variáveis ou invariáveis, conforme demonstração abaixo:
Pronomes relativos variáveis: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos e quantas.
Pronomes relativos invariáveis: que, quem e onde.