No intuito de promover a equidade racial e de gênero no âmbito acadêmico, o governo lançou o Programa Atlânticas, liderado pelo Ministério da Igualdade Racial.
Conforme informações da Agência Brasil, essa iniciativa visa proporcionar bolsas de doutorado e pós-doutorado no exterior para mulheres ciganas, negras, quilombolas e indígenas.
Desse modo, com um investimento total de R$ 8 milhões, o programa busca reduzir as desigualdades no acesso a oportunidades de estudos avançados e pesquisas de alto nível.
De acordo com a Agência Brasil, o Programa Atlânticas abre novas perspectivas para mulheres que desejam realizar seus estudos de doutorado e pós-doutorado em instituições de renome internacional.
Neste sentido, para concorrer a essas bolsas, é requisito fundamental estar matriculada em cursos de doutorado reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério da Educação.
Além disso, uma das inovações do Programa Atlânticas é a modalidade sanduíche para o doutorado. Isso porque nessa abordagem, as beneficiárias poderão realizar parte de seus estudos no Brasil e a outra parte no exterior.
Dessa forma, ampliando a experiência acadêmica e permitindo a colaboração com pesquisadores de diferentes culturas e perspectivas. Assim, essa interação internacional enriquecerá as pesquisas e contribuirá para o desenvolvimento do conhecimento nas áreas de estudo contempladas pelo programa.
Dados da pasta responsável pelo programa revelam a urgência em agir para combater as disparidades no acesso a oportunidades acadêmicas. Dessa forma, no contexto das bolsas de doutorado, menos de 5% são concedidas a mulheres negras, enquanto as mulheres brancas representam aproximadamente 30% das beneficiárias.
Essa desigualdade se reflete também no pós-doutorado no exterior, onde apenas 12% das bolsas são destinadas a mulheres negras, contrastando com 38% das mulheres brancas. É importante ressaltar que, até então, não havia nenhuma mulher indígena contemplada em nenhum dos dois casos.
De modo geral, o Programa Atlânticas é uma iniciativa crucial para impulsionar a diversidade e inclusão no cenário acadêmico brasileiro. Uma vez que ao possibilitar que mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas tenham acesso ao doutorado e pós-doutorado no exterior, o programa busca quebrar as barreiras históricas que limitaram essas comunidades em suas trajetórias educacionais e profissionais.
Visto que a promoção da equidade de gênero e raça no ambiente acadêmico é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos possam contribuir com seus talentos e conhecimentos.
Portanto, o Programa Atlânticas representa um passo significativo na direção da equidade racial e de gênero na educação superior. Uma vez que ao investir em mulheres, lhes dando oportunidade de realizar doutorado e pós-doutorado no exterior, o governo demonstra seu compromisso em combater as desigualdades históricas presentes em nosso país.
Assim, essa iniciativa não apenas impulsiona a produção de conhecimento de alta qualidade, mas também contribuirá para a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e plural.
Certamente, o Programa Atlânticas é um passo concreto em direção a um futuro mais igualitário e promissor para o Brasil. De modo geral, a educação no Brasil precisa de muito apoio em todos os níveis. Por isso, programas voltados para amparar as mulheres nesse progresso são fundamentais para a evolução da sociedade.
Portanto, um programa que beneficia mulheres que estatisticamente estão fora do nível superior em diversas categorias educacionais, é extremamente importante para a evolução do país em diversos aspectos.