De acordo com um estudo publicado pela Anfavea, no acumulado deste ano, as montadoras que estão instaladas no Brasil produziram 1,82 milhões de veículos, o que representa uma alta de 16,7%. Porém, por outro lado, houve uma queda na produção dos mesmos durante o mês de outubro.
A produção de veículos caiu 24,8% em outubro com relação ao mesmo período no ano anterior. No mês passado, foram fabricados 177,9 mil unidades. No acumulado de todo o ano de 2021, as montadoras produziram uma quantidade considerável de veículos que fizeram com que o setor aquecesse em relação a 2020.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (8), pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Somente no mês passado, os licenciamentos chegaram a 162,3 mil veículos, o que é uma queda de 24,5% quando comparado ao mês de outubro de 2020.
Segundo os dados da Anfavea, foram exportados 29,8 mil veículos no mês de outubro, o que mostra um recuo de 14,6% em relação à mesma base de 2020. Sendo assim, esse volume gerou uma receita de US$ 667,39 milhões. As vendas externas já alcançaram 306,8 mil unidades, com um crescimento de 26,18%.
Os veículos leves, como automóveis, picapes, SUVs e vans, registraram uma alta de 3% no volume que foi produzido de setembro para outubro, porém registrando uma queda de 27,2% no comparativo com o mesmo período em 2020.
Já por outro lado, os caminhões, tiveram um recuo mensal de 1,7% e uma alta de 24,6% no período do último ano, passando para 13,6 mil veículos, mesmo com as constantes ameaças de paralisações.
Com a falta de componentes e a fraqueza da Argentina, que hoje é o maior mercado consumidor de veículos do Brasil, mas que está enfrentando uma recessão econômica bem maior do que a já agravante brasileira, as exportações de setembro caíram. Mesmo assim, o saldo anual indica uma expansão de 33,8%, para cerca de 277 mil unidades.
No levantamento da Anfavea, também vemos os últimos dados referentes à indústria de empregos. Somente no mês de setembro, tivemos 54 mil vagas de emprego concretizadas, o que empregou no final do mês 102,6 mil pessoas.
E a exemplo do que acontece desde o balanço relativo a janeiro, a Anfavea ainda não divulgou os dados referentes à fabricação de tratores e máquinas de construção, que também são sócios da entidade.
A Anfavea já reduziu as suas expectativas de produção para os últimos dois meses do ano, por conta da escassez de peças e também considerando a lenta recuperação econômica do país.
A produção pode crescer entre 2,13 milhões e 2,22 milhões de automóveis, caminhões e ônibus. A expectativa é de que aconteça uma recuperação no setor de veículos em 2022, deixando para trás algumas restrições referentes à produção e logística desse ano.