A previsão do tempo é uma ferramenta valiosa que permite entender melhor as condições climáticas que enfrentaremos em um determinado período. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) desempenha um papel crucial ao fornecer suas estimativas para o mês de agosto. Essas que, abrangem não apenas as chuvas previstas, mas também as temperaturas esperadas em várias regiões do Brasil.
Com base nessas projeções, agricultores, produtores e gestores podem tomar decisões informadas para enfrentar os desafios climáticos. Dessa forma, adotar medidas adequadas para proteger as lavouras e os ecossistemas.
O Inmet prevê que o mês de agosto traga volume de chuva “próximo ou ligeiramente abaixo” da média histórica nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.
Essa informação é de extrema importância para áreas que dependem significativamente das chuvas para suas atividades agrícolas e outras práticas que envolvem o uso de recursos hídricos. Com essa previsão em mãos, os agricultores podem se preparar para enfrentar eventuais períodos de seca e garantir a sustentabilidade de suas plantações.
No noroeste do Norte e nas áreas da costa leste do Nordeste, é esperado que o volume de chuva seja inferior a 100 milímetros. Essas regiões enfrentam um desafio adicional em manter um equilíbrio entre o abastecimento de água necessário para suas atividades e a preservação dos recursos hídricos.
Por outro lado, para áreas do Pará e Amapá, a previsão é de chuva “ligeiramente acima da média”, podendo ultrapassar 60 mm. Essa situação oferece possibilidades para o desenvolvimento de culturas que se beneficiam do clima úmido.
O oeste da Região Nordeste enfrenta uma época do ano marcada pela seca. Portanto, é previsível que o volume de chuva nessas áreas seja inferior a 20 mm, podendo chegar até mesmo a nenhuma precipitação em algumas localidades.
Nesse contexto, é essencial que as comunidades locais adotem medidas de conservação e uso racional da água para enfrentar os períodos de escassez.
Além disso, é comum ocorrer a redução de chuvas na região central do país, acompanhada da diminuição da umidade relativa do ar e do aumento das temperaturas máximas. Essa situação pode aumentar o risco de incêndios florestais e afetar a qualidade do ar. Sendo assim, tornando-se um alerta para a necessidade de medidas de prevenção e combate a incêndios.
O mês de agosto apresentará temperaturas acima da média na maioria do Brasil, especialmente em áreas do Pará, Maranhão, Piauí e Mato Grosso, onde os valores médios podem superar os 28?°C.
Essa previsão destaca a importância de medidas para garantir o bem-estar das comunidades nessas regiões, como o fornecimento de água potável e a promoção de estratégias de mitigação dos efeitos do calor intenso.
Por outro lado, algumas regiões, como parte da Região Nordeste, norte de Minas Gerais e oeste do Paraná, devem apresentar temperaturas entre 20?°C e 25?°C. Portanto, ainda pode demandar medidas para garantir o conforto e a saúde da população, especialmente em áreas onde não é comum enfrentar temperaturas tão baixas.
Adicionalmente, massas de ar frio podem trazer temperaturas abaixo de 10?°C em áreas de maior altitude do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Deste modo, exigindo cuidados especiais com a saúde e o bem-estar das comunidades nessas regiões.
O setor agrícola é fortemente influenciado pelas condições climáticas, e a safra de grãos 2022/23 não é exceção. O Inmet destaca a importância da previsão climática para planejar a produção agrícola em diferentes regiões do país.
No Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), onde a falta de chuva pode ser uma realidade, é provável que os níveis de água no solo sejam baixos. Dessa forma, afetando as fases de maturação e colheita dos cultivos de segunda safra. A restrição hídrica pode ser mais forte em áreas do oeste da Bahia.
Já na região Sealba (Sergipe, Alagoas e Bahia), a chuva prevista pode beneficiar as lavouras de terceira safra, como feijão e milho, mantendo a umidade no solo.
Em áreas do Brasil central, a seca pode reduzir o armazenamento de água no solo, afetando as lavouras em estágios reprodutivos ou sob deficiência hídrica, mas também pode favorecer os cultivos de segunda safra em maturação e colheita, além das safras de cana-de-açúcar e café.
Por fim, na Região Sul, onde os níveis de água no solo podem permanecer elevados. Ou seja, o desenvolvimento reprodutivo do milho segunda safra e outros cultivos de inverno será beneficiado, especialmente em áreas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.