Com a chegada da primavera e o acionamento de mais termelétricas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os brasileiros enfrentam um cenário de aumento no consumo de energia elétrica, o que resultará em contas de luz mais caras nos próximos meses.
Conforme informações oficiais, o recorde de consumo atingido na última terça-feira, 14, com 101.475 MW às 14h20, reflete o impacto direto das altas temperaturas no país. Assim, culminando na necessidade de utilizar mais termelétricas para suprir a demanda energética.
A onda de calor que assola o Brasil tem impulsionado um aumento significativo no consumo de eletricidade. No Rio de Janeiro, por exemplo, a sensação térmica atingiu a marca recorde de 58,5º, estimulando o uso intensivo de ar-condicionado e ventiladores.
Em resumo, esse incremento no uso de aparelhos refrigeradores contribui diretamente para o crescimento exponencial no consumo de energia elétrica. Anteriormente, as termelétricas eram acionadas somente quando os níveis dos reservatórios das hidrelétricas estavam baixos.
Contudo, diante das altas temperaturas persistentes, o ONS precisou acionar mais termelétricas para suprir a demanda, o que naturalmente encarece a conta de luz para os consumidores.
Com o verão se aproximando e o El Niño contribuindo para elevar ainda mais as temperaturas, a expectativa é de que o consumo de energia elétrica permaneça elevado. Desse modo, isso gera preocupações sobre a possibilidade de novas medidas, como a adoção de bandeiras tarifárias, que podem impactar ainda mais os custos na conta de luz.
Atualmente, as contas estão na tarifa verde, mas ainda não há informações claras sobre a possibilidade de alteração para bandeiras tarifárias mais elevadas. Contudo, o aumento no número de termelétricas em operação aumenta a probabilidade de que as tarifas subam, tornando crucial encontrar maneiras de reduzir o consumo de energia.
Em meio a esse cenário desafiador, é fundamental adotar práticas que ajudem a reduzir o consumo de energia elétrica, mitigando o impacto nas contas.
Embora possam parecer menos eficazes durante o calor intenso, os ventiladores consomem consideravelmente menos energia se comparados aos aparelhos de ar-condicionado.
Ao adquirir um ar-condicionado, verifique o selo do Inmetro para obter informações precisas sobre o consumo de energia do aparelho. Uma vez que essa verificação é primordial para sua conta de luz e também para a sua segurança. Além disso, na hora de comprar um ventilador, confira a vazão de ar oferecida pelo aparelho, informações que estão disponíveis na etiqueta.
Avalie o custo-benefício entre os diferentes produtos disponíveis. Às vezes, um investimento inicial mais alto pode ser compensador devido à economia de energia gerada a longo prazo.
Trocar as lâmpadas tradicionais por lâmpadas de LED pode reduzir significativamente o consumo de energia. Além disso, é essencial desligar da tomada aparelhos eletrônicos que permanecem em modo de standby, pois mesmo nessa condição, continuam consumindo energia.
Antes de ligar qualquer aparelho de refrigeração, certifique-se de fechar portas e janelas para reter o frescor no ambiente e evitar desperdício de energia.
Certamente, seguindo essas orientações e implementando medidas que visem reduzir o consumo de energia, é possível amenizar os impactos do aumento na conta de luz durante a onda de calor e contribuir para um uso mais consciente e sustentável da eletricidade.