O final de semana está chegando com uma grande vitória para os motoristas do país. Os preços da gasolina e do etanol caíram pela quarta semana consecutiva nos postos de combustíveis, para alívio dos motoristas, que estão comemorando mais uma redução nos valores.
Por outro lado, o preço do diesel voltou a subir nas bombas, após mais de cinco meses consecutivos de queda. O resultado surpreendeu os motoristas, que esperam novas reduções nos valores. Ainda assim, não há muito o que reclamar do saldo acumulado em 2023.
Segundo o levantamento semanal realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio nacional da gasolina caiu 0,54% em relação à semana anterior, passando de R$ 5,55 para R$ 5,52.
A queda de três centavos conseguiu animar parte os motoristas, até porque é melhor uma queda leve do que qualquer alta, mas o combustível continua caro no país, acima de R$ 5,00.
A ANP revelou que o maior preço encontrado nos postos do país nesta semana foi de R$ 7,30. Isso quer dizer que houve estabelecimentos que comercializaram o litro do combustível a um preço 32,2% maior que a média do país, dificultando ainda mais a vida dos motoristas.
Da mesma forma que a gasolina, o etanol hidratado também ficou mais barato no país, mas a queda foi um pouco mais intensa. Em resumo, o valor médio do biocombustível caiu 1,63%, passando de R$ 3,68 para R$ 3,62.
O preço mais elevado encontrado nos postos pela ANP foi de R$ 6,73, superando em 85,9% a média nacional. Isso mostra que os valores do etanol tiveram uma variação bem mais expressiva que a gasolina no país.
Aliás, o etanol geralmente acompanha as variações da gasolina, visto que não há regulação dos preços do biocombustível no país. Em outras palavras, as variações do etanol são definidas pela razão entre oferta e procura, oscilando, principalmente, conforme às variações nos preços da gasolina. Isso acontece porque os combustíveis são concorrente nas bombas.
Nesta semana, o preço do etanol acompanhou o valor da gasolina e caiu com ainda mais intensidade, animando os motoristas que gostam de usar o biocombustível.
Apesar da redução registrada pela quarta semana consecutiva, a gasolina ficou mais cara no país no mês de julho. Em síntese, o governo Lula (PT) retomou a cobrança integral de tributos federais sobre os combustíveis no início deste mês, após prorrogar por mais quatro meses a desoneração parcial sobre esses combustíveis, até o final de junho.
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) a reoneração integral dos impostos federais PIS/Cofins deveria aumentar o preço do litro da gasolina em 34 centavos e o do etanol em 22 centavos. Entretanto, ambos os combustíveis não tiveram altas tão expressivas assim no país.
O principal motivo da alta mais amena foi um novo reajuste promovido pela Petrobras. A companhia reduziu em 5,3% o preço da gasolina no dia 1º de julho. Assim, o reajuste conseguiu segurar um pouco a alta dos valores da gasolina, impactando também o etanol.
Cabe salientar que a gasolina está 3,0% mais cara do que na última semana de junho (R$ 5,36). Em contrapartida, o etanol está 3,2% mais barato em relação ao final de junho (R$ 3,74). Inclusive, o preço médio do etanol caiu para o menor nível desde a semana encerrada em 22 outubro de 2022 (R$ 3,54), ou seja, em nove meses.
Após 25 semanas consecutivas de queda, o preço do óleo diesel voltou a subir nos postos do país. Desde o início de fevereiro que os motoristas do país não tiveram qualquer preocupação com o aumento nos valores do combustível fóssil. A última vez que o combustível havia ficado mais caro foi na primeira semana de fevereiro.
Contudo, nesta semana, a ANP revelou que o preço médio do litro do diesel subiu 0,41%, de R$ 4,92 para R$ 4,94. O maior valor encontrado pela ANP nos postos do país foi de R$ 7,19. Esse preço superou em 45,5% o valor médio nacional, pesando de maneira mais intensa no bolso dos motoristas.
Cabe salientar que o preço do diesel caiu 23% no país nas 25 semanas consecutivas de queda. Em valores reais, a redução foi de R$ 1,47 no período, uma vez que o combustível estava sendo comercializado a R$ 6,39 nos postos na semana de 29 de janeiro a 4 de fevereiro, último período de alta no preço do diesel. Com a nova alta, os valores não tiveram muita diferença no país.
Para quem não sabe, o preço do diesel vem caindo há quase seis meses no país graças à Medida Provisória (MP) publicada pelo Governo Federal no dia 2 de janeiro deste ano, logo no início do governo Lula.
Em síntese, a MP manteve zeradas as alíquotas de diversos impostos sobre os combustíveis. Entre outras determinações, a MP definiu a isenção do PIS/Cofins (impostos) sobre diesel, biodiesel e gás liquefeito de petróleo (GLP), o famoso gás de cozinha, até o dia 31 de dezembro.
Isso quer dizer que os motoristas que utilizam o diesel não deverão ter preocupações com preços mais elevados ao longo do ano, a não ser que a Petrobras eleve o preço do combustível vendido para as distribuidoras do país.