Após duas semanas de estabilidade, o preço médio do diesel voltou a cair nos postos do país. Isso quer dizer que os motoristas que utilizam o combustível estão há algumas semanas sem precisar pagar mais caro para abastecerem seus veículos com o combustível, ao menos em tese.
Para quem não sabe, o diesel S-10 é o combustível mais utilizado no Brasil e pode abastecer veículos comerciais leves e pesados, ônibus e caminhões. Embora os preços tenham caído, isso não quer dizer que os valores estão baixos no país. Pelo contrário, abastecer o tanque de combustível se tornou uma tarefa bem complicada nos últimos tempos.
No final de julho, o preço médio nacional do litro do diesel estava custando R$ 4,98. Contudo, os valores do combustível dispararam entre agosto e setembro, chegando a R$ 6,22 no final de setembro. Já na segunda semana de outubro, o valor caiu dois centavos, para R$ 6,20 por litro.
A propósito, os dados fazem parte do levantamento semanal realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A entidade coleta preços do diesel, da gasolina e do etanol em milhares de postos do país e divulga os valores desde 2004, quando o levantamento teve início.
Ao comparar com os valores registrados no final de julho, houve uma alta de R$ 1,22 por cada litro de diesel no país. Esse aumento em um período curto pressionou a renda de motoristas do país, que torcem por quedas nos preços do combustível. Contudo isso não deverá acontecer nas próximas semanas.
Isso porque, desde o último sábado (21), o diesel passou a ter valores no país. Em suma, a Petrobras elevou em 25 centavos o preço do diesel comercializado às distribuidoras, que passou de R$ 3,80 para R$ 4,05. Por isso, os motoristas devem ficar atentos, porque os preços deverão subir nos postos do país nos próximos dias.
Aliás, os preços nos postos de combustíveis são bem mais altos que os das distribuidoras. Isso acontece porque há outras variáveis que impactam os valores dos combustíveis, como impostos, taxas, margem de lucro e custo com a mão de obra.
Embora os reajustes se refiram apenas às distribuidoras, os postos já devem ter aumentado os preços do diesel, uma vez que os reajustes que elevam os valores costumam ser repassados com rapidez aos consumidores.
Mesmo que o preço médio do diesel esteja elevado no país, o seu valor continua inferior ao registrado em 2022. Isso só é possível porque o preço do combustível caiu por 25 semanas seguidas no país, entre fevereiro e julho.
Em suma, os motoristas não tiveram preocupações com o diesel por mais de cinco meses, período em que os preços só fizeram cair nas bombas. Com a mudança do cenário, no início de agosto, os valores do combustível mais usado do país voltaram a subir nos postos, mas não chegaram ao patamar de 2022.
No final de dezembro do ano passado, o valor médio nacional do litro do diesel estava custando R$ 6,39, ou seja, 19 centavos mais caro que na segunda semana de outubro (R$ 6,20). Já no acumulado dos últimos 12 meses, o recuo é ainda mais intenso, de 45 centavos.
A ANP revelou que o diesel ficou mais barato em 18 das 27 unidades federativas (UFs) na segunda semana de outubro, com destaque para Amapá (-16 centavos), Mato Grosso (-13 centavos) e Amazonas (-10 centavos).
Por outro lado, os valores subiram em sete estados, com destaque para Mato Grosso do Sul, onde o diesel ficou 15 centavos mais caro. Já em outros dois locais, os preços se mantiveram estáveis em relação à semana anterior.
A saber, nenhum estado do Norte comercializou o óleo diesel a preços inferiores à taxa nacional (R$ 6,20), para tristeza dos motoristas destes locais.
Confira abaixo os estados que tiveram os preços mais elevados do diesel na segunda semana de outubro:
De modo diferente, na ponta de baixo da tabela, os estados que tiveram os menores valores do país foram os seguintes: