O preço médio do diesel voltou a subir no Brasil, refletindo o reajuste promovido pela Petrobras. O combustível fóssil ficou 1,13% mais caro, em média, nos postos do país na semana passada. Com isso, o preço do litro passou de R$ 6,18 para R$ 6,25, aumento de sete centavos.
Embora a alta possa parecer pequena, vale destacar que ninguém abastece o tanque de combustível com apenas um litro. Logo, qualquer aumento nos preços acaba pressionando o orçamento dos consumidores, que sempre torcem pelo barateamento dos combustíveis.
Em resumo, o diesel S-10 é o combustível mais utilizado no Brasil e pode abastecer veículos comerciais leves e pesados, ônibus e caminhões. Com essa nova alta, os valores do combustível ficaram ainda mais elevados no país, dificultando a vida dos motoristas.
Todos estes dados fazem parte do levantamento semanal realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A entidade coleta preços do diesel, da gasolina e do etanol em milhares de postos do país e divulga os valores desde 2004, quando o levantamento teve início.
A Petrobras elevou em 25 centavos o preço do diesel comercializado às distribuidoras do país no último dia 21 de outubro. Os valores passaram de R$ 3,80 para R$ 4,05 e o reajuste começou a ser repassado para os consumidores na semana passada. A expectativa é que os preços subam ainda mais nos próximos dias.
Vale destacar que os valores nos postos de combustíveis são bem mais altos que os das distribuidoras. Isso acontece porque há outras variáveis que impactam os valores destes itens. A saber, o preço do diesel S-10 vendido nas bombas do país é formado por:
Como diversos fatores influenciam na formação dos preços do combustível, os consumidores do país sempre pagam mais caro do que as refinarias. Aliás, na semana passada, o preço médio nacional ficou em R$ 6,25, superando em R$ 2,20 o valor pago pelas distribuidoras.
Mesmo que o preço médio do diesel esteja elevado no país, o seu valor continua inferior ao registrado em 2022. Isso só é possível porque o preço do combustível caiu por 25 semanas seguidas no país, entre fevereiro e julho.
Em suma, os motoristas não tiveram preocupações com o diesel por mais de cinco meses, período em que os preços só fizeram cair nas bombas. Com a mudança do cenário, no início de agosto, os valores do combustível mais usado do país voltaram a subir nos postos, mas não chegaram ao patamar de 2022.
No final de dezembro do ano passado, o valor médio nacional do litro do diesel estava custando R$ 6,39, ou seja, 14 centavos mais caro que na semana passada (R$ 6,25). Já no acumulado dos últimos 12 meses, o recuo é ainda mais intenso, de 43 centavos.
Vale destacar que todas as 27 unidades federativas (UFs) do país também acumulam queda nos preços do diesel em 12 meses. Os maiores recuos, superando a queda média nacional de 43 centavos, foram registrados nos seguintes locais:
Como visto, o diesel caiu mais fortemente em estados nordestinos, beneficiando os motoristas locais. Inclusive, o Nordeste registrou a maior redução média no período (-10,45%), bem acima das quedas observadas nas demais regiões: Sudeste (-5,75%), Norte (-5,68%), Sul (-5,36%) e Centro-Oeste (-4,05%).
Embora o diesel esteja mais barato que em 2022, vários estados continuam comercializando o país a preços muito elevados, acima da média nacional. Aliás, os valores subiram ainda mais na semana passada, refletindo o reajuste da Petrobras.
Em síntese, o diesel ficou mais caro em 23 das 27 UFs na semana passada. As únicas exceções foram: Bahia , Rio de Janeiro e Maranhão, que registraram quedas entre um e cinco centavos, além de Sergipe, onde os preços se mantiveram estáveis.
Entre os avanços, as UFs com as altas mais fortes foram: Mato Grosso (15 centavos), Rio Grande do Sul (14 centavos), Minas Gerais (13 centavos), Alagoas (11 centavos), Distrito Federal (11 centavos), Espírito Santo (11 centavos), Pernambuco (11 centavos) e Roraima (11 centavos).
A saber, nenhum estado do Norte comercializou o óleo diesel a preços inferiores à taxa nacional (R$ 6,20), para tristeza dos motoristas destes locais.
Confira abaixo os estados que tiveram os preços mais elevados do diesel na segunda semana de outubro: