Economia

Preço do aluguel sobem 0,81% em março, diz FGV

De acordo com dados do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o preço do aluguel subiu em quatro das principais capitais brasileiras, alcançando 0,81% em março deste ano. As capitais presentes na pesquisa são as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Segundo a pesquisa, o preço do aluguel ficou abaixo dos 2,92% registrados em fevereiro. Com isso, o Ivar acumula inflação de 6,24% em 12 meses, o maior patamar desde o início da série histórica, em janeiro de 2019. A maior queda do Ivar, durante os meses de fevereiro a para março, foi observada em Porto Alegre, que passou de uma inflação de 3,61% para uma deflação (queda de preços) de 1,25% no período.

Pesquisa sobre o preço do aluguel

A pesquisa informou também sobre a presença de queda na taxa em outras cidades também, contudo essas cidades continuaram registrando inflação em março: São Paulo (caiu de 2,38% em fevereiro para 1,30% em março), Rio de Janeiro (de 2,55% para 1,44%) e Belo Horizonte (de 3,80% para 2,32%).

Contudo, no acumulado de 12 meses, a inflação caiu apenas em Porto Alegre, que passou de 5,46% no acumulado em fevereiro para 4,98% no acumulado em março. Já nas outras três cidades, a inflação acumulada subiu de fevereiro para março: São Paulo (de 2,83% para 4,09%), Rio de Janeiro (de 4,90% para 7,27%) e Belo Horizonte (de 9,32% para 14,11%).

Construir casas está mais caro

Deve-se levar em consideração que atualmente, construir casas no Brasil vem se tornando cada vez mais caro, sendo esse um grande desafio para a população. De acordo com dados do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), os custos para construção ficaram quase 50% mais altos nos últimos cinco anos.

Deste modo, durante o período de 2016 para o fim de 2021, o valor médio do metro quadrado de uma construção subiu 47,43%, indo de R$ 1.027,30 para R$ 1.514,52. No mesmo intervalo de tempo, a inflação acumulada foi de 28,15%. A pesquisa para analisar o valor para a construir casas levou em consideração os valores com mão de obra e material. Não entram na conta gastos com terrenos, projetos e licenças, entre outros.

Além disso, o Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado (INCC-M) também identificou um aumento de cerca de 0,30% durante o mês de dezembro, desacelerando em relação a novembro, quando o indicador aumentou 0,71%.

Ao se considerar o acúmulo do custo para construção obtido durante o ano, o aumento foi de 14,03%, bem acima do verificado em 2020, quando o indicador fechou o ano com alta de 8,66%. O grande aumento dos custos para a construção, em conjunto com a alta da inflação, podem ser grandes fatores para o aumento no preço do aluguel.