Os motoristas estão sentindo no bolso o aumento nos preços dos combustíveis em 2023. De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a gasolina está mais cara nos postos do país neste ano, na comparação com 2022.
O preço médio nacional do combustível fóssil caiu para R$ 5,77 na semana encerrada em 7 de outubro. Em resumo, a queda foi a sexta consecutiva, mas isso não quer dizer que os motoristas estão conseguindo aproveitar valores mais acessíveis. Na verdade, o combustível ficou apenas 11 centavos mais barato no país nesse período.
Ao comparar com a última semana de 2022, os brasileiros podem ver que a gasolina ficou bem mais cara no país em 2023. Isso porque, no final de dezembro do ano passado, o litro do combustível estava custando, em média, R$ 4,96 no Brasil, ou seja, houve uma alta de 81 centavos.
Embora esse valor possa parecer pequeno, todos devem lembrar que se refere a um litro do combustível. Quem utiliza veículo não abastece o tanque de combustível com apenas um litro. Portanto, esse preço acaba pressionando o orçamento dos motoristas que abastecem seus veículos com frequência.
Em suma, a gasolina começou a ficar mais cara no Brasil em março, quando o Governo Federal voltou a cobrar parte das alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins que incidiam sobre gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural. O governo havia prorrogado a isenção desses impostos por dois meses, entre janeiro e fevereiro.
Em junho, os motoristas tiveram mais uma péssima notícia. O Ministério da Fazenda aprovou uma mudança em relação ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que incide sobre os combustíveis, elevando o preço da gasolina.
Antes, os estados definiam as alíquotas de ICMS que iriam incidir sobre o litro da gasolina. No entanto, a partir de junho, houve a “unificação” da alíquota em todo o país, e o ICMS passou a ser de R$ 1,22 sobre o litro do combustível. Isso foi muito ruim para os brasileiros, pois a maioria dos estados aplicava alíquotas menores que R$ 1,22.
Já em julho, os preços da gasolina subiram novamente devido à reoneração dos combustíveis. Em resumo, o governo Lula (PT) retomou a cobrança integral de tributos federais PIS/Pasep e Cofins sobre a gasolina e o etanol no início deste mês, após prorrogar por mais quatro meses a desoneração parcial sobre esses combustíveis, até o final de junho.
A saber, a ANP coleta os preços praticados em milhares de combustíveis em todo o país desde 2004 e divulga semanalmente os valores médios da gasolina, do etanol e do diesel em cada região brasileira, bem como em cada estado e sua respectiva capital.
Apesar de o país ter registrado um aumento médio de 81 centavos no preço da gasolina em relação à última semana de 2022, vários estados tiveram aumentos bem mais expressivos. Confira abaixo os locais que mais vêm sofrendo com o encarecimento do combustível em 2023, registrando os maiores aumentos do país:
Os oito estados citados foram os únicos a registrarem aumento de, ao menos, 1 real por litro em relação ao final de 2022. Em síntese, os maiores avanços foram registrados em estados das regiões Norte e Nordeste.
Por outro lado, alguns locais tiveram avanços bem menores que a média nacional no período. Embora a gasolina tenha ficado mais cara em todas as 27 unidades federativas (UF) do país, o avanço em algumas delas foi bem mais tímido.
Confira abaixo os três locais que tiveram as menores altas em comparação ao final de 2022:
As demais altas variaram entre 66 e 93 centavos. Isso explica a alta média nacional, já que boa parte das UFs teve uma oscilação semelhante a ela.
Na semana encerrada em 7 de outubro, o preço da gasolina se manteve elevado em boa parte do país. Contudo, alguns motoristas sofreram para abastecer o tanque de combustível dos seus veículos, pois o preço médio da gasolina ficou bem alto em vários locais.
Confira abaixo os preços médios mais altos da gasolina na semana:
De modo diferente, os menores valores do país foram encontrados nos seguintes estados: