Depois de constantes altas, o preço da cesta básica ficou menor em 9 das 17 capitais que fazem parte da análise. O estudo se baseia no mês passado, ou seja, junho.
Mesmo assim, não há muito o que se comemorar, já que uma cesta básica pode chegar a custar R$645. (Veja abaixo o preço da cesta básica nas capitais em que o estudo foi realizado).
Em outras palavras, o preço mais alto da cesta básica consome quase 60% da renda de uma família que vive com um salário-mínimo do país.
Com isso, sobrariam apenas aproximados 40% para pagar todas as outras contas com luz, água e aluguel.
O preço da cesta básica mais cara (R$ 645) é também mais que o dobro do valor médio (R$ 250) pago pelo governo federal por meio do auxílio emergencial 2021.
Neste cenário, o benefício foi inclusive chamado de auxílio da fome. Veja aqui a quantidade de alimentos que dá para comprar com o valor.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Para se ter uma ideia, o salário-mínimo acumula uma diferença de valores entre a realidade x valor ideal.
Levando-se em conta o preço mais caro da cesta básica, de R$ 645, o Dieese estima que o salário-mínimo deverei ser R$ 5.421,84.
Este valor é calculado como ideal para garantir segurança alimentar para uma família de duas crianças e dois adultos. Além de moradia e outros gastos, previstos com direito na Constituição Federal de 88.
Em outras palavras, uma família deste tamanho deveria receber quase 5 vezes do que hoje é determinado como salário-mínimo (R$1,1 mil).
O estudo feito pelo Dieese apontou em qual capital a cesta básica mais aumentou de preço ou então diminuiu.
Entre as capitais com maior aumento de preços estão:
Já entre as capitais com diminuição de preços estão: