O Pix é um sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central em 2020. Ao longo dos últimos anos, a ferramenta tornou-se muito popular no Brasil, se firmando como um dos principais meios de pagamento do país.
Nesse sentido, o chefe da Gerência de Gestão e Operação do Pix, Carlos Eduardo Brandt, recentemente afirmou que ocorreu uma adesão em massa do sistema de pagamentos no Brasil. Além disso, o executivo disse que a ferramenta do Banco Central ultrapassou em dois anos as transferências feitas através do cartão de débito.
“O Pix é o meio de pagamentos mais rápido que existe. Ele atingiu mais que o dobro das transações de cartões de débito em apenas dois anos de operações. Acho justo dizer que estamos atingindo nossos objetivos públicos”, afirmou Brandt.
Carlos Eduardo Brandt é um dos painelistas de uma conferência que está ocorrendo nos Estados Unidos. Essa conferência tem como objetivo reunir os representantes de bancos centrais ao redor do mundo, propondo uma discussão sobre sistemas de pagamento e a criação de moedas digitais.
Para o executivo, o Banco Central brasileiro contribuiu para o desenvolvimento de novas tecnologias, também incluindo parte da população brasileira que estava fora dos meios digitais de pagamento.
Por fim, Brandt citou outros projetos desenvolvidos pelo Banco Central, além do Pix. Entre eles estão o Open Finance e o CBDC, moeda digital do BC. “Acreditamos que os bancos centrais podem desempenhar um papel importante trazendo inovação ao mercado”, finalizou o executivo.
O Pix continua sendo cada vez mais utilizado pelos brasileiros nas transações bancárias do dia a dia, atingindo um recorde de transações nesta quarta-feira (6). De acordo com dados do Banco Central, o sistema de pagamentos registrou 152,7 milhões de transferências instantâneas em um único dia.
Essa marca atingida pelo Pix superou o recorde anterior, também da ferramenta, que era de 142,4 milhões de transações feitas no dia 4 de agosto. Segundo o BC: “Os números reforçam a forte adesão de pessoas e empresas ao Pix”.
Com relação ao montante transacionado, foram R$ 76,1 bilhões transferidos instantaneamente com a ferramenta nesta data. Desta maneira, analisando o número de transações realizadas (152,7 milhões) e a quantia de dinheiro envolvida (R$ 76,1 bilhões), pode-se concluir que cada transferência realizada neste dia teve um valor médio de R$ 498,42.
Como visto, o Pix já superou as transações realizadas pelo cartão de débito, ameaçando sua existência. Da mesma maneira, a ferramenta de pagamentos instantâneos pode colocar o cartão de crédito em desuso, tendo em vista que novas funcionalidades estão sendo lançadas pelo Banco Central.
Nesse sentido, Roberto Campos Neto, presidente do BC, afirmou no mês passado que a função crédito poderá ser utilizada em breve, via Pix, pelos consumidores brasileiros. Desta maneira o sistema de pagamentos instantâneos, criado em 2020, dispensará o uso de cartões de crédito.
“Você vai juntar o Pix e outros produtos, lembrando que você vai poder começar a poder fazer crédito no Pix, então, em algum momento, no futuro, você não precisará ter cartão de crédito, poderá fazer tudo no Pix”, afirmou Campos Neto. A declaração foi dada em um evento em Curitiba, promovido pela Associação Comercial do Paraná.