Não é de hoje que se tem pelo menos a impressão de que no Brasil, os jovens são os maiores responsáveis pelas movimentações na internet. Com o PIX não é diferente, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), em média 4 a cada 10 operações (aproximadamente 40%) é realizada por pessoas com menos de 29 anos.
Ainda, segundo a Febraban, o grupo de brasileiros com 30 a 39 anos não fica muito atrás, representando 32% das movimentações. Seguido por pessoas entre 40 e 49 anos de idade (18%), e ainda, respectivamente por quem tem entre 50 e 59 anos (8%). Os idosos com 60 anos ou mais ficam como a menor parcela da população em movimentações no PIX, com apenas 4%.
Vale constar que não são apenas pessoas físicas que usufruem do PIX, mas também as jurídicas, como empresas, por exemplo. Em maio, totalizaram 542,6 milhões de operações feitas através do PIX. Dessas, 405,6 milhões foram feitas de pessoa física para pessoa física, ou seja, um valor que representa aproximadamente 3 a cada 4 transações realizadas.
Dentre as 137 milhões de transações que não envolvem somente pessoas físicas, 64,7 milhões (11,9%) partiram de uma pessoa para uma empresa. O contrário, da empresa para uma pessoa, representa 58,6 milhões (10,8%). Por fim, os 2,5%, ou, 13,7 milhões restantes foram realizados de uma instituição para a outra.
No Brasil, o PIX foi oficialmente lançado em 16 de novembro de 2020 pelo Banco Central (BC). Sendo assim, em novembro, foi realizada uma pesquisa entre todos os bancos que aderiram à ferramenta, e se obteve que as transações realizadas por PIX somaram 59,2 milhões na época.
No entanto, de acordo com a Febraban, em março deste ano o número aumentou consideravelmente. Nesse contexto, foram 338,2 milhões de transações realizadas, o que equivale a um crescimento de 471%.
Levando em conta o mesmo período, transferências bancárias tradicionais caíram de 229,4 milhões para 218,5 milhões. Deste modo, os dados apresentados, demonstram uma significativa superação do PIX, em relação ao TED ou DOC.
O estudo mostra ainda que, no começo das operações, em novembro, o número de usuários cadastrados que recebiam 30 ou mais transações via PIX por mês era por volta de 6.000. Já em março deste ano este número subiu para 519 mil usuários.
Um fato é que, como já foi mencionado no início do texto, em meio ao tamanho crescimento da utilização do PIX, a taxa de utilização do serviço entre idosos ainda é muito baixa, se comparada com a dos mais jovens. Mas por que isso acontece?
Uma possível explicação seria o fato de que a parte da população que menos utilizam celulares ou até mesmo a internet, são as pessoas mais velhas. Dentro das que utilizam, o nível de desconfiança quando se trata de dinheiro é maior ainda.
Também não podemos relevar que, os métodos de transferências onlines, com os TEDs e DOCs, são utilizados há muitos anos. Devido ao tempo de existência, geram bem maior confiança e aceitação por parte dos idosos.
Mas afinal o PIX é ou não confiável? Tomando os devidos cuidados como por exemplo,
apenas realizar o cadastro da chave PIX para os canais oficiais da sua
instituição bancária, em nenhuma situação informar sua senha para outras pessoas,
nunca instalar arquivos e programas em anexo enviados através de links, o PIX
acaba se tornando bem confiável.