O Bradesco anunciou na última segunda-feira (25) o “Seguro Proteção Digital”, que tem como objetivo indenizar os clientes por transações indevidas decorrentes de perda, furto e roubo do celular do segurado. O novo seguro do Bradesco deve cobrir golpes por transferências feitas via PIX, TED e DOC. Apesar disso, os valores e limites ainda não foram divulgados pela instituição.
Os documentos disponibilizados pelo Bradesco referente às condições gerais do novo produto afirmam que haverá limites de indenização por ocorrência e um teto anual que deve ser até duas vezes o limite estipulado no contrato do novo Seguro Proteção Digital.
Além do seguro cobrir transferências via PIX, TED e DOC, a instituição informou que o serviço deve cobrir também pagamentos de boletos não autorizados e recargas de celular. Apesar disso, o aparelho celular do segurado não entrará na cobertura do seguro.
Por conta do grande número de crimes envolvendo o PIX no país, diversas instituições financeiras têm lançado seguros para transações indevidas. A primeira instituição financeira a anunciar a novidade foi o Mercado Pago.
O Mercado Pago anunciou dois planos de seguro que incluem transações feitas por meio do PIX sob coação ou ameaça física. O primeiro plano custa R$ 3,50 mensais e protege os segurados de perdas de até R$ 5 mil por mês. Já o segundo plano custa R$ 5 por mês e tem uma indenização que pode chegar a até R$ 10 mil.
Na semana passada, o Santander anunciou o lançamento do “Seguro Transações” que cobre transações indevidas feitas via PIX, DOC, TED e até mesmo TEF. Contudo, o seguro cobre apenas casos de coação, ou seja, casos de perda, roubo ou furto do aparelho celular não estão inclusos.
Os planos disponibilizados pelo Santander são de R$ 9,99, R$ 18,99 ou R$ 24,99. A instituição esclarece que cada uma das opções disponíveis garante indenizações diferentes que vão de R$ 3,5 mil a R$ 20 mil. Diferente do Mercado Pago, o seguro digital do Santander é anual e não mensal.
É importante saber que nenhum dos seguros editais divulgados neste mês protegem os clientes dos golpes PIX feitos por meio de ligações e mensagens. Os novos produtos de seguro servem apenas para situações onde existe coação. Ou seja, se o segurado sofreu um golpe/fraude mas não foi coagido, o seguro não será acionado.
Por conta de inúmeros golpes e fraudes envolvendo o PIX, o Banco Central adicionou novas medidas de segurança ao sistema de pagamentos instantâneos brasilsio. A partir de novembro, as instituições financeiras participantes do PIX poderão bloquear o recebimento de transferências a pessoas físicas por até 72 horas se houver suspeita de fraudes.
Para o Banco Central do Brasil, esse bloqueio preventivo do PIX deve permitir que as instituições financeiras façam uma análise mais completa e cuidadosa de fraude nas contas. Desse modo, é possível aumentar as chances de recuperação dos recursos das vítimas. Segundo o BC, todos os bloqueios serão comunicados ao usuário recebedor.