A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (1) que registrou o maior lucro da história da empresa. Foram R$ 188,3 bilhões em 2022. O resultado ficou 76,6% acima dos R$ 106,668 bilhões calculados em 2021, que até então era o maior já registrado.
Em comunicado oficial, o diretor financeiro e das relações com investidores da Petrobras, Rodrigo Araujo Alves, afirmou que a petroleira alcançou “recordes superlativos”, produto de “diversas ações gerenciais relevantes tomadas ao longo dos últimos anos, uma vez que o preço do petróleo já esteve em patamares similares aos de 2022, sem que os mesmos resultados fossem observados”.
Nos três últimos meses de 2022, o lucro da estatal foi de R$ 43,341 bilhões, uma queda de 6% em relação aos três meses anteriores.
Em nota, a Petrobras afirmou: “O aumento do lucro líquido em 2022 se deve principalmente à alta dos preços de petróleo (Brent), melhor resultado financeiro e ganhos com acordos de coparticipação em campos da Cessão Onerosa”.
O lucro caiu 6% na comparação trimestral. Em síntese, a companhia teve resultado de R$ 46,1 bilhões no terceiro trimestre de 2022.
A estatal divulgou que irá pagar R$ 35 bilhões entre os seus acionistas. Com o anúncio do pagamento, o total distribuído pela empresa no exercício referente a 2022 alcança a marca de R$ 215 bilhões.
Serão pagos R$ R$ 2,745 por ação preferencial e ordinária.
O pagamento será dividido em duas partes iguais nos meses de maio e junho. A primeira parcela, de R$ 1,372, será paga no dia 19 de maio. A segunda, também de R$ 1,372, será paga um mês depois, em 16 de junho de 2023.
Após da volta parcial da cobrança de tributos sobre gasolina e etanol, o governo quer alterar as regras de distribuição de dividendos e ajustar a política de preços da Petrobras.
A ideia é evitar altas elevadas de preços da estatal e garantir mais investimentos em transição energética. As medidas estão sendo discutidas pelo presidente Lula e os ministros no Palácio do Planalto.
Contudo, as propostas, foram mal recebidas pelo mercado, porque geram dúvidas sobre como será a política de distribuição dos lucros da empresa distribuídos aos acionistas da estatal, o que pode afastar investidores em ações da petroleira.
Em síntese, as mudanças podem acabar diminuindo o valor da Petrobras na Bolsa de Valores. Além disso, existe a possibilidade da adoção da política do governo Dilma Rousseff, que fez com que os preços fossem segurados artificialmente, gerando prejuízos para a estatal.