O final de ano pode trazer uma boa notícia para os motoristas de todo o país. Oficialmente, a Petrobras ainda não confirma, mas informações de bastidores indicam que a estatal pretende aplicar mais uma redução nos preços da gasolina já no próximo mês de dezembro.
Há uma pressão interna no governo federal para que a Petrobras tome esta decisão. Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou pessoalmente com o presidente da estatal, Jean Paul Prates em ao menos duas ocasiões. Pelo menos é o que indicam as agendas oficiais da presidência.
O que ficou desta reunião? De acordo com informações de bastidores colhidas pela emissora Globo News, Prates teria dito que o momento é de cautela. Ele vai esperar mais uma semana para entender como o preço do petróleo mundial vai se comportar.
Hoje, o preço do barril está estabilizado na casa dos 80 dólares, patamar considerado baixo pela maioria dos especialistas. Mas dentro da Petrobras, há um temor de que a OPEP anuncie na próxima semana novas medidas para encarecer esta matéria prima.
Se novas medidas não forem anunciadas, e o preço do barril de petróleo se mantiver na casa dos 80 dólares, ou até um pouco mais do que isso, um anúncio de redução dos preços da gasolina poderá ser feito ainda na primeira semana do mês de dezembro.
Desde que assumiu a presidência da Petrobras no início deste ano, Jean Paul Prates vem sendo acusado de atuar para segurar os preços dos combustíveis de maneira artificial. Ele nega as acusações, e diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) jamais o fez este pedido.
Prates lembrou que, quando necessário, elevou os preços dos combustíveis no último mês de agosto, e elogiou a nova política de definição de preços, que está substituindo o Plano de Paridade Internacional (PPI).
“Podemos aguentar desconforto por um tempo. É bom para o Brasil (a nova política de preços da estatal) e não é ruim para a Petrobras. Abrasileirar os preços não é uma coisa de campanha (presidencial). A gente mudou o modelo e vai ajustar quando o novo patamar estiver consolidado”, seguiu ele, durante uma entrevista veiculada recentemente.
Seis estados da federação anunciaram nesta semana que deverão elevar a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Por meio de uma carta, os secretários econômicos destas seis unidades da federação argumentaram que será preciso aplicar o reajuste para compensar as perdas com a Reforma Tributária.
O documento, no entanto, não deixa claro quais são as alíquotas que começarão a serem praticadas por estas unidades da federação. Este é um ponto importante para entender qual será o tamanho do impacto no bolso de milhões de brasileiros em breve.
Os estados que assinam a carta são os quatro do sudeste e dois do sul:
A carta é assinada pelos seguintes secretários:
No Rio Grande do Sul, por exemplo, o governador Eduardo Leite (PSDB) chegou a apresentar uma proposta de aumento da alíquota do ICMS do seu estado de 17% para 19,5%. Ainda não é possível saber, no entanto, se este patamar será seguindo pelos demais estados que assinam a carta acima.