Economia

A Petrobras representa 34% do total do preço da gasolina, outros 66% são demais fatores

A participação da Petrobras representa 34% do valor da gasolina no país. Sendo assim, a participação da empresa no preço do combustível, que já chega a R$ 7 em algumas cidades brasileiras, é de cerca de R$ 2. Dessa mesma forma, o valor da parte da estatal no litro do diesel é de R$ 2,49 e, no preço do botijão do gás de cozinha, é de R$ 46,90.

As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (27) pelo presidente da companhia, general Joaquim Silva e Luna. Segundo o general, há um conjunto de fatores que impacta diretamente o país, “quase como uma tempestade perfeita”: crise da pandemia, período de baixa afluência hídrica com impacto na energia e uma elevada alta nas commodities, incluindo petróleo, gasolina e gás.

“A Petrobras recebe cerca de R$ 2 por litro [de gasolina] na bomba. Essa parcela, que corresponde à Petrobras, se destina a cobrir o custo de exploração, de produção e refino do óleo, investimentos permanentes, juros da dívida, impostos e participações governamentais”, explicou Joaquim Silva e Luna, durante apresentação ao vivo pela internet, que também contou com a participação de diversos diretores da empresa.

Fatores que compõem o custo da gasolina

Segundo o presidente da estatal, a Petrobras representa 34% do total do preço do litro da gasolina. Já os outros 66% do total do preço do litro do combustível são formados por outros componentes de custo, incluindo impostos federais e estaduais e a margem de lucro das empresas.

No caso do diesel, a parcela da Petrobras fica em 52%, sendo os demais 48% relativos aos demais fatores listados. Já na representação do preço do botijão de gás de cozinha de 13kg a estatal representa 48% do preço, os outros 52% representam as empresas de envase, distribuição, revenda e impostos estaduais, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Silva e Luna foi questionado também sobre como a Petrobras poderia contribuir para a redução nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha. Dessa maneira, o presidente explicou que esses debates são afeitos ao Ministério de Minas e Energia, ao Ministério da Economia e à Casa Civil, cabendo à estatal garantir saúde financeira e outros fatores.

Ademais, ele reiterou que não há mudança na política de preços da estatal. “Continuamos trabalhando da forma como sempre. A maneira que a Petrobras acompanha o preço da paridade internacional do [petróleo tipo] Brent, as mudanças em relação ao câmbio, a análise permanente para ver se isso são [fatores] conjunturais ou estruturais, essa mudança não existe”, disse.

Ajuda contra a crise energética no país

O presidente da estatal também comentou sobre a ajuda que a empresa pode oferecer para diminuir os efeitos da crise energética no país. Nesse sentido, o general lembrou que a Petrobras triplicou a entrega de gás para a operação das termelétricas nos últimos 12 meses.

Além disso, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) comentou sobre o preço da gasolina recentemente nas principais capitais do país. Na semana entre 29 de agosto e 4 de setembro, o preço médio do litro da gasolina comum no país era de R$ 6,00; o diesel S10, R$ 4,69, e o botijão de 13 kg, R$ 93,61.