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Petrobras anuncia redução do preço do gás natural. Entenda impacto

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (1) a redução do preço do gás natural vendido pela estatal às distribuidoras. De acordo com as informações oficiais, a redução será na ordem de 2%, em média. Esta é mais uma atualização trimestral anunciada pela empresa.

“A Petrobras informa que, a partir desta quinta-feira, 01/02/24, conforme os contratos acordados pela Companhia com as distribuidoras, os preços de venda da molécula de gás natural terão redução média de 2% em R$/m³, com relação ao mês de janeiro de 2024”, disse a empresa.

Para chegar neste patamar de 2% de redução, a Petrobras considerou alguns pontos. Foram eles:

  • A queda de 3,6% do petróleo;
  • A depreciação de 1,5% do real frente ao dólar.

“Para o trimestre que inicia em fevereiro de 2024 a referência do petróleo caiu 3,6% e o câmbio teve depreciação de 1,5% (isto é, a quantia em reais para se converter em um dólar aumentou 1,5%)”, disse a Petrobras

“Lembramos que os clientes com contratos vigentes em 2023 perceberam redução acumulada de 22,2% no preço da molécula do Gás Natural ao longo do ano”, seguiu a empresa por meio de uma nota divulgada no final da manhã desta quinta-feira (1).

“Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas. A Companhia ressalta que a atualização anunciada para 01/11/23 não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel.”

O impacto para o consumidor

Segundo a Petrobras, o anúncio da redução de 2% no preço, não implica dizer necessariamente que o consumidor final terá este desconto.

“A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da molécula pela companhia, mas também pelo custo do transporte até a distribuidora, pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV – Gás Natural Veicular, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais”, informa nota divulgada pela empresa.

Vale frisar que o GNV que está sendo reduzido agora, não é o gás liquefeito de petróleo (GLP). Na prática, isso significa afirmar que a decisão da Petrobras em nada altera os preços do botijão de gás de 13 quilos, por exemplo.

Gás de cozinha não deve ser impactado por esta decisão. Imagem: Reprodução

Preços da Petrobras

Desde que assumiu a presidência da Petrobras no início do ano passado, Jean Paul Prates vem sendo acusado de atuar para segurar os preços dos combustíveis de maneira artificial. Ele nega as acusações, e diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) jamais o fez este pedido.

Prates lembrou que, quando necessário, elevou os preços dos combustíveis no último mês de agosto, e elogiou a nova política de definição de preços, que está substituindo o Plano de Paridade Internacional (PPI).

“Podemos aguentar desconforto por um tempo. É bom para o Brasil (a nova política de preços da estatal) e não é ruim para a Petrobras. Abrasileirar os preços não é uma coisa de campanha (presidencial). A gente mudou o modelo e vai ajustar quando o novo patamar estiver consolidado”, seguiu ele, durante uma entrevista veiculada recentemente.

Aumento do ICMS

A partir desta quinta-feira (1), o ICMS deve ser elevado no Brasil. A decisão já foi oficialmente confirmada por governos estaduais em todo o país. Com a medida, milhões de brasileiros deverão ser impactados com o aumento de preços em uma série de itens.

Segundo informações de especialistas, com o aumento da alíquota do ICMS, haverá impacto nos seguintes produtos:

  • gasolina;
  • diesel;
  • botijão de gás.

No caso do ICMS da gasolina, por exemplo, a elevação será de R$ 1,22 para R$ 1,37 por litro, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Combustíveis (ANP). Com isso, o preço médio do produto deverá sair de R$ 5,56 para R$ 5,71.