Os consumidores que utilizam o gás natural receberam uma grande notícia nesta semana. A Petrobras anunciou na quinta-feira (1º) mais uma redução no preço do gás natural (GNV) para a felicidade dos brasileiros.
A estatal reduziu em 2% o valor médio do gás natural. Aliás, as pessoas que já podem encontrar preços mais acessíveis no país, já que os novos valores entraram em vigor no país a partir do dia 1º fevereiro.
As correções dos preços ocorrem trimestralmente, e este reajuste se refere ao trimestre móvel de fevereiro a abril de 2024. A saber, o último ajuste promovido pela Petrobras em relação aos combustíveis ocorreu em dezembro, mas houve redução apenas do diesel à época.
A companhia informou em nota que “os preços de venda da molécula de gás natural terão redução média de 2% em R$/m³, com relação ao mês de janeiro de 2024”.
De acordo com a estatal, os reajustes acontecem conforme a variação nos preços do barril de petróleo e do dólar. A saber, a Petrobras adotou e começou a aplicar as novas fórmulas dos contratos de fornecimento de gás no início de 2022, acompanhando as oscilações do mercado internacional.
“Para o trimestre que inicia em fevereiro de 2024 a referência do petróleo caiu 3,6% e o câmbio teve depreciação de 1,5% (isto é, a quantia em reais para se converter em um dólar aumentou 1,5%“, explicou a Petrobras, em nota.
A companhia também ressaltou que a redução no preço do gás natural “não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel”.
Na verdade, o gás natural é matéria-prima do GNV, o gás de cozinha encanado. Além disso, o item também é fonte de energia para diversos setores da indústria. Por isso que a redução anunciada pela Petrobras é tão importante para vários setores da economia.
Na prática, o reajuste promovido pela Petrobras em relação ao gás natural não se refere aos consumidores. Essa queda nos preços segue apenas para as distribuidoras do país, que podem ou não repassar a redução para o consumidor final.
Segundo a companhia, a diminuição anunciada se refere aos contratos acordados pela estatal com as distribuidoras. Aliás, estas atualizações trimestrais já são previstas e vinculam a variação do preço do gás às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio.
A propósito, a Petrobras segue as cotações internacionais para definir os reajustes no valor do gás natural. Assim, quando os preços do barril de petróleo estão mais elevados, bem como a cotação do dólar, a companhia eleva o valor do gás natural. Em contrapartida, quando ocorre o contrário, a estatal tende a reduzir os preços, assim como vem ocorrendo em 2023.
“A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da molécula pela companhia, mas também pelo custo do transporte até a distribuidora, pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV – Gás Natural Veicular, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais“, explicou a estatal.
“Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas”, acrescentou a Petrobras.
A redução anunciada pela Petrobras não deverá ter o mesmo impacto em todos os estados do Brasil. Isso porque cada unidade federativa deverá promover os reajustes que julgar adequados.
Por exemplo, a concessionária Naturgy, que atua no Rio de Janeiro, o reajuste deve ser de até 4,86% para GNV e gás encanado. Entretanto, vale destacar que há diferenças percentuais de queda entre os clientes da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e os do interior.
Já as maiores quedas se direcionaram aos postos de GNV, com taxas bem semelhantes àquelas que se referiram às indústrias. Em outras palavras, os consumidores residenciais não deverão aproveitar quedas tão expressivas quanto os postos e indústrias no estado fluminense.
Segundo economistas, o reajuste promovido pela Petrobras deverá impactar de maneira tímida a inflação no país. Na verdade, a redução nos valores do GNV não afeta todos os consumidores, e a influência na inflação é modesta, pois o número de famílias que utiliza o gás é pouco expressivo.