A pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira – Economia e População da Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi divulgada recentemente. A princípio, o estudo produzido, apontou que cerca de 53% da população brasileira acredita que a economia do país deve melhorar exponencialmente nos próximos seis meses.
Todavia, o levantamento da CNI também apresentou informações de que a maioria das pessoas entrevistadas, acreditam que neste momento, a economia brasileira é regular, ruim, ou péssima. Como falado anteriormente, 53% estão mais otimistas e esperam um maior desenvolvimento econômico até o meio do ano que vem.
Analogamente, em relação ao mesmo período de seis meses, cerca de 21% dos entrevistados acreditam que nada deve mudar na economia do país. Por outro lado, 22% esperam que haja uma piora no cenário econômico nacional. As entrevistas foram realizadas pelo Instituto de Pesquisa e Reputação em Imagem (IPRI).
Desse modo, é importante ressaltar que para a pesquisa sobre a recuperação da economia brasileira, foram ouvidas mais de 2.004 pessoas, em todos os estados da federação, entre os dias 14 e 19 de setembro. Em relação ao cenário atual, 24% dos entrevistados disseram que a situação é boa, 36% regular e 38% ruim ou péssima.
Deve-se observar que essa percepção sobre a economia do país se difere de acordo com a região. O nordeste é o que melhor avalia visto que 32% das pessoas entrevistadas dizem que o atual desempenho econômico brasieliro está bom. Esse índice cai no nordeste, com 23% e no centro-oeste, 20% no sudeste e 18% no sul.
Em relação a um quadro menos otimista, o norte e o centro-oeste estão no topo do ranking das pessoas que acreditam que a economia nacional está ruim ou péssima, com 44%. Na região sul do país esse índice cai para 43%. Já no sudeste, essa percepção negativa da população corresponde a 39% e no nordeste, a 30%.
Em síntese, mesmo com uma avaliação negativa sobre o cenário da economia brasileira atual, 45% da população entrevistada acredita que houve uma melhora expressiva nos últimos seis meses. Aqueles que afirmam que a situação econômica neste momento está ruim, 17% dizem que houve uma melhora no segundo trimestre.
O levantamento também perguntou a seus entrevistados, sobre outros parâmetros relativos à economia do país. Neste sentido, podemos destacar a inflação, juros no financiamento pessoal, desemprego e pobreza. Em suma, cerca de 46% dos participantes acreditam que a inflação deverá subir nos próximos seis meses.
Dessa maneira, 29% dos entrevistados consideram que a inflação deve começar a cair. Em relação aos juros, a estimativa é a de que 39% da população espera que haja uma alta nas taxas de financiamentos pessoais em seis meses. Vale ressaltar que 24% das pessoas entrevistadas no levantamento estimam que elas devem cair.
O estudo aponta que em relação ao desemprego no país, 30% da população acredita que ele deve aumentar nos próximos seis meses. Por outro lado, 31% dos entrevistados disseram que ele deve cair. Aliás, 29% dos brasileiros que participaram, disseram que a pobreza ao seu redor deverá subir no mesmo período.
O levantamento da CNI também aponta que o mesmo percentual de entrevistados, ou seja, 29% acreditam que a pobreza ao seu redor deverá cair nos próximos seis meses. Portanto, em relação aos parâmetros relacionados à economia do Brasil, existem pessoas mais otimistas e outras menos, quase uma equiparidade.
De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, essa perspectiva mais otimista para a economia brasileira para os próximos seis meses, é bastante importante, já que ela afeta diretamente os padrões de consumo. Para ele, o cidadão brasieliro acaba por consumir mais, inclusive bens de maior valor.
Dessa forma, Marcelo Azevedo diz que, “vemos esse problema na indústria, com demanda baixa, redução do consumo e decisão de investir. Com a mudança de percepção, o brasileiro se sente mais confortável em consumir”. O gerente da CNI diz que o país precisa de um maior crescimento da economia sustentável.
Em conclusão, Marcelo Azevedo defende a necessidade de o país possuir uma política industrial moderna, que tenha um foco maior em inovação. Ele acredita que a Reforma Tributária pode atrair mais investimentos, possibilitando um crescimento. Para o gerente da CNI, ele é essencial para melhorar a qualidade de vida da população.