Segundo o Índice de Banda Larga Cisco (Broadband Index), as pessoas nunca valorizaram tanto o acesso à Internet. De acordo com a pesquisa global sobre o acesso, a qualidade e o uso de banda larga doméstica – realizada com quase 60 mil pessoas em 30 países, incluindo o Brasil – 75% dos respondentes acreditam que o crescimento econômico e social não acontecerá sem acesso universal à internet rápida e confiável.
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No Brasil, 81% acreditam que a qualidade do acesso à internet é importante para o crescimento econômico do País. Para 78% dos entrevistados, uma boa rede é fundamental para garantir que a população esteja bem-informada e bem-instruída.
A pesquisa ainda mostra que, para 65% dos entrevistados globalmente, o acesso à banda larga confiável e com preço acessível se tornará um grande problema, pois a conectividade se tornará ainda mais essencial para o acesso a oportunidades de emprego e educação. Mais da metade (58%) diz que não conseguiu acessar serviços essenciais, como consultas médicas, educação, assistência social e serviços de utilidade pública, por meios digitais durante o período de isolamento social. Segundo eles, isso aconteceu devido a uma conexão de banda larga não confiável. No Brasil, o índice foi parecido, com 60% dos entrevistados enfrentando o mesmo problema.
Outro ponto é a questão do trabalho. A pesquisa global mostra que 75% dos trabalhadores afirmam que os serviços de banda larga precisam melhorar drasticamente para suportar o trabalho remoto. No Brasil, essa visão é a de 82% dos entrevistados.
Na média global, 78% entrevistados afirmam que a confiabilidade e a qualidade das conexões de banda larga são importantes para eles, enquanto no Brasil esse número aumenta para 82%. A dependência do acesso à Internet de alto desempenho é enfatizada por 84% dos entrevistados, sendo 88% no Brasil, que usam banda larga em casa por quatro horas ou mais por dia.
Outro ponto é a necessidade de maior qualidade de banda larga para trabalhar remotamente. Quase metade dos entrevistados (44%) planeja atualizar seu serviço de internet nos próximos 12 meses, globalmente. No Brasil, cerca de quatro em cada 10 respondentes afirmam que seu uso de Internet deve aumentar no próximo ano e quase metade (49%) confirma que vai atualizar seu atual serviço de internet para o mesmo período.
Se para os trabalhadores a Internet é necessária, para os empreendedores é fundamental. Segundo a Cisco, as pequenas e médias empresas (PMEs) não detém os mesmos recursos e infraestrutura de TI das grandes corporações. O resultado disso é que 48% dos profissionais agora depende de sua internet doméstica para trabalhar ou administrar seu próprio negócio em casa – no Brasil, o índice chega a 56%.
De acordo com o Banco Mundial, as PMEs representam cerca de 90% das empresas e mais de 50% dos empregos em todo o mundo. Nos mercados emergentes, as PME criam sete em cada 10 empregos. A banda larga irá desempenhar, na visão da Cisco, um papel fundamental no crescimento e evolução desta categoria de negócio essencial.
O Índice de Banda Larga Cisco é uma pesquisa com 59.796 trabalhadores em 30 países: Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Polônia, Rússia, Japão, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Nova Zelândia, Coréia, Cingapura, Tailândia, Malásia, Indonésia, Filipinas, Vietnã, Índia, Canadá, Brasil, México, China, EUA, Espanha, Arábia Saudita, África do Sul, Suécia, Emirados Árabes Unidos e Holanda.
Ele foi concluído em dezembro de 2021. A amostra incluiu entrevistados de todas as regiões de cada país, que trabalham remotamente em tempo integral; em tempo integral em um escritório ou de forma híbrida, em casa e no escritório. A pesquisa foi realizada pela consultoria de pesquisa independente Censuswide, a pedido da Cisco, uma fornecedora de soluções e produtos de TI.
Mais dados sobre o Brasil e como a internet influencia no crescimento econômico podem ser achados aqui (em inglês).