Segundo um levantamento realizado pela plataforma Reclame Aqui, o WhatsApp é o aplicativo que faz o maior número de vítimas. Conforme os dados, a maioria das pessoas (22,1%) foram enganadas por mensagens enviadas no mensageiro ou tiveram suas contas clonadas.
“As pessoas se comunicam muito usando o WhatsApp, onde recebem muitas mensagens de confirmação de serviços que foram contratados. E isso acaba passando uma aparência de credibilidade. É uma forma de o criminoso te contatar porque, fora isso, não teria como chegar na pessoa de uma maneira mais fácil. No e-mail, por exemplo, ainda tem alguns filtros para que (a mensagem) caia no spam” afirma a advogada Cláudia Bernard, especializada em crimes cibernéticos.
A pesquisa ainda revelou que cuidados simples podem fazer a diferença e evitar fraudes. Das pessoas que conseguiram evitar os golpes, 51,4% disseram que não abrem links desconhecidos, enquanto 48,5% leem bastante para identificar e evitar o crime.
Clonagem de WhatsApp
A clonagem da conta do WhatsApp ocorre quando os criminosos conseguem o código de segurança, enviado por SMS pelo aplicativo. Na maioria das vezes, eles dizem ser de empresas nas quais as vítimas têm cadastro ativo.
Com isso, os golpistas começam a abordar contatos diversos cadastrados na conta e solicitam transferências bancárias de amigos e familiares que acreditam ser a vítima da clonagem. Diante disso, é preciso desconfiar de qualquer situação similar para evitar o golpe.
Os criminosos buscam a foto da vítima nas redes sociais e encontram, de alguma forma, o número de pessoas conhecidas para completar a ação. Com os números de celular, eles enviam mensagens aos contatos informando que o número da vítima foi alterado e solicitam transferências bancárias.
Phishing
Golpes phishing são muito comuns. Em suma, os criminosos enviam mensagens que aparentam ser reais para que o indivíduo forneça informações confidenciais, como senhas, número do CPF, nome completo e até mesmo números de cartões.
Em razão disso, é preciso ter muito cuidado com mensagens suspeitas, inclusive as que possuem links.
Golpe do bug
Utilizando a ingenuidade das vítimas, os golpistas espalham nas redes sociais, sobretudo no WhatsApp, informações de que o PIX está com alguma falha em seu funcionamento (o bug). Desta forma, é possível ganhar dinheiro ao transferir valores para chaves aleatórias, sendo elas geradas pelos criminosos.
Verificação em duas etapas
Uma medida muito simples que pode ajudar os usuários do WhatsApp, é a verificação em duas etapas. Veja o passo a passo:
Com isso, todas as vezes em que tiver que acessar a sua conta, será necessário informar, além do código se segurança, a nova senha de verificação.
Outras formas de evitar cair em golpes e desconfiar de quaisquer meios que solicitem informações a mais do que deveriam. Os bancos, por exemplo, não pedem uma simulação de transação por meio do PIX. Outro meio comum, são as promoções que solicitam o número de telefone dos interessados.