Segundo levantamento feito pela Psafe, a cada cinco brasileiros, três têm receio de ter os dados vazados ao comprarem um produto pela internet. Nesse sentido, a empresa responsável pelo levantamento é a maior de segurança digital da América Latina e chama atenção para o medo dos clientes de terem dados vazados em compras e-commerce.
Sendo assim, entre as mais de 8600 pessoas entrevistadas, 59% relatam que o vazamento de dados é o maior medo ao realizarem compras online. Além disso, outras preocupações também foram apontadas pelos usuários, que, durante a entrevista, podiam apontar mais de um fator que lhes causava insegurança no meio eletrônico.
Outras opções que vêm em seguida como receio no levantamento são: ter o cartão clonado (48%) e não receber o produto (48%). Desse modo, somente 4,5% dos entrevistados afirmaram que não sentem medo algum ao realizarem qualquer tipo de compra pela internet. O que demonstra a insegurança que o e-commerce passa no Brasil.
O PIX, ferramenta de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC) no ano passado, tem se tornado cada vez mais popular em compras online. Nesse sentido, a ferramenta tem sido cada vez mais uma realidade nas transferências entre contas, já que é rápido e prático, podendo ser utilizado pelo celular a qualquer hora do dia.
No entanto, segundo o que mostra o levantamento da Psafe, mais de 65% dos entrevistados têm medo de pagar as compras online via PIX. Além disso, 55% deles afirmam que não têm o CPF cadastrado na nova ferramenta de pagamentos instantâneos. Ainda, o boleto é a forma de pagamento preferida entre os compradores pela internet, em seguida, vem o cartão de crédito.
“O nível de sofisticação dos crimes virtuais evoluiu rapidamente. Com o aumento de vazamento de dados, temos visto golpes cada vez mais personalizados e convincentes, o que significa que qualquer pessoa de uma empresa pode ser uma vítima”, destaca o CEO da PSafe, Marco DeMello.
Ademais, quando uma empresa é atacada e os dados de seus clientes são vazados, ela pode sofrer sanções administrativas geradas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Nesse contexto, essas sanções incluem multa que pode chegar a R$ 50 milhões. Além disso, a empresa também pode ter a reputação afetada.
“Há inúmeros prejuízos desencadeados por um ataque, que vão desde paralisação do negócio, podendo perdurar por bastante tempo, bloqueio ao acesso de dados da empresa, vazamento de dados sensíveis até um pagamento de resgate, que é altíssimo. Precisamos nos conscientizar de que a prevenção é um investimento e a remediação é um prejuízo que pode levar à falência”, afirma DeMello.
Usuários que suspeitarem de ter seus dados vazados podem conferir pelo sistema registrado do BC. Dessa forma, o sistema permite que usuários tenham acesso a relatórios de informações sobre transações com seus dados feitos com as instituições financeiras, operações de crédito e de câmbio.
Além disso, especialistas indicam que é importante que usuários cadastrem chaves PIX, mesmo que não planejam usá-las no momento. O ideal é fazer o cadastro de pelo menos três chaves: uma relacionada ao telefone, outra CPF e ainda uma com e-mail. A medida evita que terceiros façam chaves com os dados do usuário.