Economia

Pesquisa: 91% das vítimas de golpes financeiros no Brasil são homens

Com a pandemia muitas pessoas ficaram sem trabalho e fontes de renda. Assim, se viram obrigadas a buscar alternativas para escapar da crise. Nesse momento em que mais se precisa de dinheiro, é onde também aparecem os que planejam aplicar golpes financeiros.

De acordo com o Centro de Estudos Comportamentais e Pesquisas (CECOP) e junto com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), 91% das vítimas em golpes financeiros são homens, em uma pesquisa ouvida por 1.002 pessoas.

Estudo também traça o perfil das vítimas em golpes financeiros

Na pesquisa com 1.002 pessoas, 178 afirmam que foram vítimas de golpes financeiros mais recentemente. Além do sexo masculino ser o mais suscetível para cair nesse tipo de esquema, a pesquisa também mostrou que pessoas entre 30 e 39 anos, com renda familiar mensal entre 2 a 5 salários mínimos e até mesmo com pós-graduação são os públicos alvos dos “trambiqueiros”.

A pesquisa também aponta que as pessoas que acabam sendo vítimas de fraudes também detém um portfólio menos diversificado, muitas vezes com todo o seu patrimônio aplicado na poupança.

Segundo o CECOP, investidores que tem seu o patrimônio alocado em ações, fundos de investimento, FII, previdência privada, CDB, LCI/LCA estão muito menos expostos a caírem em golpes financeiros, por conta do seu conhecimento mais elevado do que a média da população em relação a investimentos.

Golpes envolvendo as criptomoedas cresceu desde 2020

Ainda entre os golpes envolvendo “falsos investimentos” o produto que aparece com o maior número de golpes financeiros é com criptomoedas, sendo que esse tipo de esquema de pirâmide foi citado por 43% dos mencionados.

Durante a pesquisa, também foram feitas avaliações de como as pessoas costumam cair em golpes financeiros. De acordo com o CECOP, o meio de divulgação que foi mais utilizado é o WhatsApp (com 27,5%), seguido da divulgação através do boca-boca ou indicação por amigos (19%).

Afinal, quem são os golpistas?

Entre os entrevistados que confirmaram serem vítimas de golpes financeiros, metade afirmaram que sabem quem é o responsável pelos golpes e 28% destes conheciam pessoalmente o golpista. 21,9% até sabiam quem eram os golpistas, porém nunca tiveram contato frente a frente.

Para um total de 29,8% das vítimas, o fraudador era uma pessoa desconhecida e outros 9% afirmam que não receberam as ofertas por estranhos. 11,2% preferiram não informar quem os levou a cair no golpe.

Entre as pessoas que caíram em algum golpe financeiro, quase 40% delas dizem que acreditam que estavam diante de um investimento que passava confiança. As outras respostas que se mostraram populares eram de investimentos que eram recomendados por amigos, com 38,8% de citações.

São mais propensas às fraudes pessoas que gostam de arriscar. Cerca de 35% dos entrevistados não tinham algum tipo de dificuldade financeira, porém estavam resolvendo entrar em um novo negócio apenas pensando no lucro, sem pensar em maiores ocorrências como a possibilidade de entrar em golpes financeiros.