Desde a última semana, servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão em greve. Na quarta-feira (30), se juntaram a eles mais de 3.500 médicos peritos da instituição. Juntos, formam o movimentado chamado “Operação Apagão”.
Segundo as informações, os profissionais estão reivindicando o reajuste de 19,9% para repor as perdas inflacionárias, que estão ocorrendo desde 2019. Eles também solicitam a abertura de concurso público e promoções.
De acordo com Francisco Eduardo Cardoso Alves, vice-presidente da ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos), “O governo até agora não tomou uma atitude em relação à categoria, já insatisfeita há mais de um ano, desde que fomos forçados a voltar a trabalhar, em setembro de 2020, quando ainda não tinha nem vacina”, afirmou.
O executivo ainda ressalta que algumas agências do INSS ainda não aderiram a paralisação, cumprindo todos os serviços agendados. “Pode ter segurado marcado que o médico não entrou em greve e pode ter quem não será atendimento”, diz.
Os exames médicos são realizados mediante a solicitação de benefícios específicos do INSS, como estão o auxílio por incapacidade temporária e a aposentadoria por incapacidade permanente, por exemplo.
Além desses, quem solicita o BPC (Benefício de Prestação Continuada) pode precisar passar pela perícia. O mesmo ocorre com quem pede a aposentadoria especial. No entanto, para o vice-presidente da ANMP, o ideal seria remarcar a perícia.
“Era para ter uma orientação, não sei se o governo está tomando uma atitude”, disse.
Todavia, para a presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), Adriane Bramante, é importante que o segurado vá na unidade de atendimento do INSS na data e horário agendados para não correr o risco de perder o benefício.
“Ele deve comparecer à perícia e fotografar, mostrando que a agência está fechada ou o perito não compareceu para, só depois, remarcar”, orienta ela.