Estão proliferando na web alguns vídeos que apresentam a detonação de panelas de pressão. As sequências demonstram de maneira evidente o risco ao qual muitas pessoas se expõem caso não sigam estritamente o procedimento correto de utilização do utensílio. Este é um dos principais meios que agiliza o cozimento dos alimentos e opera como atalho no processo de preparação das refeições.
Especialistas enfatizam que a panela de pressão requer manutenção periódica. Outra norma fundamental para prevenir incidentes é não manipular o recipiente enquanto este estiver sob pressão.
Se a situação mais adversa acontecer e a panela de pressão sofrer uma falha seguida de uma deflagração, a questão é: os prejuízos recebem proteção do seguro? A resposta é afirmativa.
A detonação do utensílio de pressão, bem como a de outros aparelhos, possui cobertura elementar no âmbito do seguro residencial. E o melhor: está acessível em todas as modalidades. No entanto, outras salvaguardas, como o desabamento de um teto ou vidraças quebradas, dependerão do conjunto escolhido pelo assegurado.
É crucial recordar também que o seguro residencial cobre os prejuízos infligidos à propriedade. Se o infortúnio afetar o segurado e ele necessitar de atendimento médico ou vier a falecer, o seguro a ser ativado é o de vida.
O alerta, contudo, é que a detonação não é coberta quando o cliente intensifica o risco, adotando de maneira inadequada o aparelho que explodiu. Um exemplo de situação em que o seguro pode se negar a realizar a indenização é utilizar uma colher para segurar a tampa da panela de pressão e vedar a válvula de escape com um parafuso.
Do mesmo modo que em qualquer proteção, se aumentar o risco, a seguradora pode se recusar a pagar. Se for uma detonação acidental, o cliente terá direito à indenização.
O valor do contrato de um seguro residencial varia conforme:
O Corpo de Bombeiros enumera as precauções para evitar incidentes com recipiente de pressão. São eles:
Mantenha o equipamento em boa manutenção, ou seja, limpe regularmente a válvula de pressão e a válvula de segurança, removendo qualquer obstrução que normalmente se acumula devido à gordura.
A vedação de borracha deve ser substituída sempre que apresentar desgaste. A maioria dos acidentes ocorre devido à pressão não sendo aliviada através da válvula de pressão.
Acrescente temperos somente após o cozimento dos alimentos. Primeiro, amoleça os alimentos com a pressão e só então adicione os temperos. Esse procedimento reduz o risco de obstrução da válvula e, consequentemente, de acidentes.
Não exceda o volume de alimento e água indicado no manual de instruções. O correto é utilizar 65% da capacidade do utensílio, ou seja, se for um recipiente de 5 litros, coloque apenas três litros.
Esteja atento ao som característico da panela, que indica o início da fase de cozimento do alimento. A partir desse ponto, é necessário acompanhar os tempos de cozimento de cada alimento, que variam.
Enquanto o recipiente estiver no fogo, observe se a válvula está funcionando normalmente, liberando ou não a pressão. Se a válvula não estiver liberando pressão, provavelmente está bloqueada, e a liberação deve ser realizada manualmente. Para isso, basta levantar suavemente a válvula de pressão e, após o uso, limpá-la adequadamente, removendo toda a gordura.
A orientação da pega da panela também é um aspecto de segurança. Ela deve sempre se manter para dentro do fogão, nunca para fora, evitando que a panela caia acidentalmente.
Além da panela de pressão, outra origem que também resulta em várias explosões é o gás de cozinha. Desde o início da pandemia, as seguradoras também têm registrado um aumento nos incêndios elétricos.
Isso se deve ao fato de que o trabalho em casa sobrecarregou a rede elétrica das residências, levando muitas pessoas a utilizar adaptadores para conectar dispositivos. Essas extensões podem sobrecarregar as tomadas e causar curtos-circuitos.
Os incêndios elétricos também estão incluídos na cobertura do seguro. Todavia, assim como no caso das explosões, o segurado não deve aumentar o risco, como sobrecarregar as tomadas ao ligar vários aparelhos juntos, sob o risco de ter a cobertura negada pela seguradora.
Um estudo realizado revela um incremento de 25% no nível de adoção do seguro residencial entre 2017 e 2021. A participação, que estava em 13,6% no primeiro ano abrangido pelo registro histórico, ascendeu a 17%, o que equivale a 12,7 milhões de domicílios assegurados em todo o país.
Informações coletadas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) apontam para um acréscimo de 15% na soma dos prêmios emitidos para seguro residencial nos primeiros cinco meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior.