A vacina tem sido um dos temas mais comentados no Brasil e no mundo nos últimos meses. Depois de um longo período de angústia e incertezas, finalmente os cientistas anunciaram o desenvolvimento e, por fim, a produção dos imunizantes. No entanto, esse é um tema que ainda gera forte debate social e suscita muitas dúvidas. Veja abaixo mais informações sobre o processo de produção de uma vacina.
O processo
O que diz se uma vacina funciona ou não é sua capacidade de prevenir uma doença. Para coletar os dados necessários, os cientistas recorrem a voluntários que se dispõem a participar da fase de testes. Os voluntários são, geralmente, divididos em dois grupos.
O primeiro recebe uma dose de placebo, ou seja, uma dose sem efeito imunizante. O outro grupo, por sua vez, recebe a dose do produto. Após um longo período sob observação médica, verifica-se quais candidatos ficaram doentes e quantos resistiram à contaminação. Quanto menor o número de contaminados, mais eficiente é a vacina.
No entanto, é preciso ficar atento a outros fatores. Aspectos como a idade e saúde do paciente, além do armazenamento e transporte do material, podem interferir na eficácia da vacina. A alternativa dada pelos cientistas é fazer testes recorrentes, principalmente em doses administradas a um grande número de indivíduos. Isso contribui para a manutenção da segurança dos imunizantes e ajuda os cientistas a avançarem nas pesquisas para aperfeiçoar o produto.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), estabelece ainda que uma vacina segura deve apresentar ao menos 50% de eficácia para obter aprovação. A Anvisa, órgão nacional, também segue esse critério. Desse modo, para chegar nesse valor, é feito um cálculo baseado na Teoria do Limiar, que aponta o mínimo de pessoas que precisam ser imunizadas para frear a disseminação de uma doença.
O que se tem até agora?
As vacinas produzidas até agora ao redor do mudo contra a covid-19 têm tido uma boa resposta. As vacinas Pfizer e BioNtech chegaram a apresentar 90% de eficácia após 28 dias de aplicação. No Brasil, o instituto Butantan vem trabalhando em parceria com outros órgãos e na produção de um insumo próprio.
A vacina produzida até agora demonstrou 78% de eficácia e já foi testada em mais de 23 mil brasileiros. Recentemente, o produto foi avaliado pela Anvisa e teve sua distribuição aprovada. Desse modo, a etapa de vacinação já teve início nos estados. No entanto, mesmo com a aprovação da vacina, ainda não há imunizantes suficientes para toda a população, de modo que profissionais da saúde e idosos tiveram prioridade.
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