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Pacheco sugere novo programa social com pagamentos de R$ 150

O Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), participou de uma reunião virtual com representantes de sindicatos nesta segunda-feira (3). Na reunião, ele ouviu que o Auxílio Emergencial atual precisa subir de valor para os R$ 600. No entanto, Pacheco desconversou sobre o assunto.

Na conversa, o Presidente do Senado, disse que na sua opinião o valor do atual Auxílio Emergencial não vai subir para os patamares do ano passado. Em 2020, o Governo Federal chegou a pagar parcelas de R$ 600 e de até R$ 1200 para a população mais carente.

No entanto, ao mesmo tempo em que foi pessimista com a possibilidade de aumento do Auxílio atual, Pacheco disse que gosta da ideia de se criar um programa novo. Esse novo projeto começaria a funcionar logo depois do fim dos pagamentos do benefício atual.

Pelas contas do próprio Governo Federal, o Auxílio Emergencial ainda terá três pagamentos. Isso significa dizer portanto que esses repasses irão acontecer até o próximo mês de julho. Então por essa lógica o novo programa começaria a valer a partir de agosto.

Mesmo se esquivando da questão dos valores, Pacheco disse que o novo programa seria fixo, ou seja, não teria um prazo de término como o Auxílio Emergencial. Além disso, ele falou que a ideia é fazer com que os pagamentos mínimos sejam de R$ 150, como é hoje com o benefício atual.

Pedidos de aumento

Pacheco disse ainda que toda essa pressão no Governo deve continuar. De acordo com o Presidente do Senado, esses pedidos terão o poder de fazer com que o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional trabalhem juntos justamente na criação de um novo programa.

“A afirmação da necessidade de um valor maior, feita por vocês e por diversos senadores, talvez sirva muito para um debate construtivo. Um debate efetivo de implantação de um programa de renda mínima no Brasil. Talvez esteja aí a grande utilidade prática dessa sustentação, dessa afirmação de que as pessoas precisam ser assistidas com um valor digno no Brasil”, disse Pacheco.

“Dessa discussão é que nascerá certamente uma solução de perenização de um programa. Um programa como política de Estado, que possa assistir não 14 milhões de pessoas. No entanto, o número real das pessoas que precisam ser assistidas pelo Estado brasileiro até que possam se auto-sustentar através da sua capacidade”, completou ele.

Além de Pacheco

Apesar da fala de Pacheco, o fato é que o Governo Bolsonaro está fazendo planos para o próximo mês de agosto. O Ministro da Cidadania, João Roma, disse que está realizando reuniões sobre o tema. Ele quer fazer mudanças no atual programa Bolsa Família.

Na visão de Roma, o programa precisa ficar maior. Assim, eles acabariam colocando mais gente. Além disso, eles também aumentariam a média de pagamentos. Essa média sairia portanto de R$ 190 para R$ 250. No entanto, ainda não há nada oficial sobre isso.

O que se sabe mesmo é que os pagamentos do Auxílio Emergencial continuam. O valor do benefício este ano varia entre R$ 150 e R$ 375. Nesta terça-feira (4), o Governo liberou os saques da primeira parcela do programa para os trabalhadores informais.