Recentemente, os brasileiros receberam uma grande notícia. Na última sexta-feira (25), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revelou qual bandeira tarifária ficará em vigor no país em setembro, e os consumidores que pagam conta de luz têm muito o que comemorar.
Em resumo, a agência vem mantendo a bandeira verde em vigor no país desde meados de abril de 2022. Isso quer dizer que os consumidores estão aproveitando uma conta de luz mais barata no país há mais de um, pois a bandeira verde não traz cobrança adicional.
Para o mês de setembro, a Aneel irá manter a bandeira tarifária verde em vigor, aliviando o bolso dos brasileiros por mais um mês. As decisões da entidade vêm animando os consumidores em 2023, que comemoram a manutenção da fatura um pouco mais barata.
No ano passado, a Aneel até fez alguns alertas sobre a possibilidade de mudança da bandeira tarifária. Segundo a entidade, os consumidores deveriam passar alguns meses com a bandeira amarelo neste ano. Contudo, a expectativa é que isso não aconteça, segundo as projeções mais recentes da agência.
De todo modo, setembro será o 17º mês completo sem cobrança adicional na conta de luz para os consumidores. Significa dizer que os brasileiros estão há quase um ano e meio sem pagar valores extras na tarifa de energia elétrica.
A Aneel deverá manter a bandeira verde em vigor no Brasil até o final do ano. Em suma, os principais reservatórios do país estão com níveis elevados de abastecimento e deverão abastecer a população brasileira até o fim do ano sem maiores problemas.
Aliás, há expectativas de manutenção da bandeira verde em 2024, caso a situação do país se mantenha positiva, com as chuvas regulares nos locais dos reservatórios.
Além disso, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, ressaltou a consulta pública que prevê a redução em até 36,9% dos valores das bandeiras tarifárias. De acordo com ele, a decisão é muito importante para a população, que poderá se beneficiar com a redução dessas taxas.
“Esta é a segunda notícia positiva da semana para o consumidor. A primeira foi o início da consulta pública que propõe reduzir o valor das bandeiras amarela em até 37%, a vermelha, patamar 1, em 31%, e a patamar 2, em quase 20%. As duas notícias indicam oferta abundante de energia e condições favoráveis de geração“, explicou Sandoval Feitosa.
A Aneel possui um sistema de bandeiras tarifárias que adiciona uma cobrança às contas de energia dos consumidores. A saber, as bandeiras tarifárias possuem três cores: verde (que não promove cobranças adicionais), amarela e vermelha (ambas aplicam cobranças extras aos consumidores).
Vale ressaltar que o sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015. Ele tem o objetivo de indicar os custos da geração de energia no país aos consumidores. Além disso, busca aliviar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia.
No caso da bandeira escassez hídrica, o seu surgimento ocorreu apenas para que o país superasse a dificuldade enfrentada em 2021. Portanto, a bandeira já não existe mais.
Embora a Aneel tenha afirmado no ano passado que a bandeira verde poderia ser colocada de lado em 2023, dando espaço para a amarela, isso não deverá acontecer tão cedo no Brasil. De acordo com a entidade, a probabilidade é que a bandeira verde siga em vigor no Brasil durante todo o ano de 2023, e também há boas perspectivas para 2024.
Isso está sendo possível graças aos níveis dos reservatórios do país, que se encontram em patamar elevado. A título de comparação, o nível dos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, que respondem por cerca de 70% da produção nacional de energia, estava em apenas 14,9% em setembro de 2021, quando houve a criação da bandeira tarifária escassez hídrica.
No entanto, os dados mais recentes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revelaram que os reservatórios do país estavam com um nível muito alto de armazenamento, acima de 70% em todas as regiões do país
Por isso, mesmo havendo pouca chuva nos próximos meses, a água acumulada nos reservatórios poderá suprir as necessidades da população durante todo o ano de 2023.