Escritor e dramaturgo, Oswald de Andrade é uma das figuras centrais da literatura modernista no Brasil, tendo participado do grupo de idealizadores do movimento no país. Desse modo, sua obra refletia sua postura provocadora de militância política e ironia.
Nascido em 1980 em uma família rica, Oswald se interessou cedo pela escrita e teve a oportunidade de estudar fora do país, onde teve contato com a boemia estudantil parisiense e com o futurismo ítalo-francês. Apesar de ter se formado em Direito em 1919, ele deu início a sua carreira no jornalismo literário. Desse modo, escreveu para diversos jornais, como, por exemplo, o Correio da Manhã, O Estado de São Paulo e o Diário Popular.
Ao lado de Mário de Andrade, um dos principais agitadores do modernismo no Brasil, Anita Malfatti, Menotti del Picchia e Tarsila do Amaral, com quem Oswald se casou, ele formou o conhecido Grupo dos Cinco. O grupo de artistas foi responsável pela organização da Semana de Arte Moderna de 1922, que norteou os ideais e a estética modernista.
Nesse sentido, um de seus principais trabalhos foi o “Manifesto da Poesia Pau-Brasil“, publicado em 1924. Nesse manifesto, o autor apresentou as noções estéticas que iriam nortear o seu trabalho em poesia e o de outros autores do modernismo no Brasil. É também de Oswald o texto “Manifesto Antropófago“, que fundamentou o movimento antropofágico. A obra “Pau-Brasil”, de 1925, primeiro livro de poesia do modernismo brasileiro que se distanciava de toda a eloquência romântica, também é de autoria de Oswald de Andrade.
Além disso, é importante ressaltar que a obra do autor era intimamente ligada aos seus ideais políticos e tocava em diversas questões sociais. Oswald chegou a filiar-se ao Partido Comunista do Brasil (PCB). Desse modo, para além dos manifestos, trazem muitas marcas ideológicas o romance “Serafim Ponte Grande” e a peça “O Rei da Vela”.
A linguagem por ele utilizada nas obras era repleta de ironia e humor e trazia constantemente rupturas sintáticas, que podem ser vistas em poemas como “Pronominais” e “Erro de Português”, pois o autor valorizava o uso da língua portuguesa no dia a dia e buscava pelo novo, afastando-se da linguagem canonizada das obras clássicas. O poeta morreu aos 64 anos, em 1954, tendo deixado importante legado para a literatura do país.
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