Dados extraídos de um relatório do Banco Mundial divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas), indicam que o Brasil, entre todas as economias de 170 países mundiais terá uma das menores taxas de crescimento. Somente Mianmar e Guiné Equatorial estão atrás do país sulamericano.
As projeções são de que a expansão do PIB nacional em 2022 não ultrapasse os 0,5% quando comparado com 2021. Esse crescimento está 1,7% abaixo daquilo que a ONU esperava para o Brasil no ano passado.
Já a previsão de crescimento da economia mundial é de 4%. O curioso desse dado é que a expansão média nos países ricos será menor daquele que acontecerá nos chamados países emergentes. Enquanto os países ricos crescerão por volta de 3,7%, os emergentes se situarão na casa dos 4,5% o que não é um número insignificante pensando em termos de PIB. Contudo, quando falamos em termos de América Latina, o Brasil também se situa bem abaixo da média já que a previsão para o continente é de 2,2%.
Mesmo em 2023 as previsões não são favoráveis. O Brasil ainda estará entre as piores taxas de crescimento no mundo todo com 1,9% em relação à média mundial que será de aproximadamente 3,5%.
Dentre as causas desse pífio crescimento o relatório aponta duas principais: a disseminação da variante Ômicron, grande impedimento às atividades econômicas a curto prazo e, em segundo lugar, a desaceleração das grandes economias mundiais que demandarão menos produtos externos exatamente daquelas nações que são emergentes ou que estão em desenvolvimento como é o caso do Brasil.
O presidente do Banco Mundial, David Malpass afirmou que “a economia mundial está enfrentando simultaneamente a Covid-19, a inflação e a incerteza política, com gastos governamentais e políticas monetárias em território desconhecido. O aumento da desigualdade e os desafios de segurança são particularmente prejudiciais para os países em desenvolvimento”.
Enquanto isso, nas economias mais avançadas uma recuperação total é esperada até 2023, contudo, as emergentes ficarão em um número inferior a 4% em relação ao crescimento antes da pandemia. No caso de economias mais frágeis e com conflitos, o Produto Interno Bruto terá uma baixa de 7,5%. Situação mais séria ainda será a dos chamados pequenos Estados Insulares que chegarão aos negativos 8,5%.