As baratas normalmente são consideradas insetos assustadores e repugnantes para parte das pessoas. Quando nos deparamos com elas, a reação de imediato é tentar eliminar esses insetos, seja pisando nelas ou mesmo utilizando objetos que as esmaguem.
No entanto, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a prática de exterminar baratas representa um perigo para a saúde. Isso é especialmente válido quando realizado dentro de residências.
Especialistas afirmam que esmagando uma barata, libera–se uma quantidade grande de bactérias, vírus, fungos e outros micro-organismos presentes nesses insetos. Ele alerta que isso se torna ainda mais problemático quando ocorre em casa. Existem pesquisas que relacionam a prática com doenças, tal como poliomielite, tuberculose, febre tifoide, pneumonia, conjuntivite, hepatite A, bem como hanseníase.
O uso dos inseticidas também prejudica a saúde de quem manipula, seja pelo contato direto ou pela inalação. Além do mais, o inseticida acaba não impedindo que as baratas mortas liberem contaminantes no ambiente, apenas atrasando o processo.
O inseto deve ser capturado com papel e, depois, morto do lado de fora da casa, descartando no lixo. Mas, para quem não consegue fazer a captura pelo medo ou pela repugnância, há outras alternativas:
Tais alternativas não eliminam completamente o risco de contaminação, porém contribuem significativamente para reduzi-lo. Em todos os casos, a liberação dos micro-organismos será mais lenta se comparando com quando a barata é esmagada, liberando os contaminantes imediatamente. O ideal é jogar fora o inseto morto após usar uma das opções descritas acima.
Além da eliminação das baratas que surgem dentro de residências ou em alugares frequentados por pessoas, é crucial adotar as medidas para impedir sua reprodução. Para tal, é fundamental que se mantenham os ambientes limpos, evitando deixar restos de comidas expostos.
As baratas têm a capacidade de detectar a presença dos alimentos próximos através das antenas. Esses insetos são noturnos e conseguem sentir o cheiro de comida mesmo quando estão nos esgotos, saindo à noite para procurá-la.
As baratas estão amplamente distribuídas pelo mundo todo, exceto em áreas com temperaturas muito baixas. Estima-se que haja mais de 4 mil espécies dos insetos no planeta, sendo que no Brasil existem pelo menos 700 espécies. A maioria delas vive nas florestas e não apresenta riscos à saúde humana, uma vez que não entram em contato com agentes contaminantes.
No Brasil, a Periplaneta americana é a espécie mais comum, conhecida como a barata vermelha, doméstica ou de esgoto. Assim, é frequentemente encontrada nas residências. Com o avanço e a construção de grandes cidades, as espécies passaram a migrar para os ambientes habitados por seres humanos. Isso acontece por conta da existência de condições favoráveis para sua sobrevivência e reprodução, por exemplo, locais úmidos, bem como a disponibilidade dos alimentos.
Essas baratas conseguiram se adaptar muito bem ao ambiente urbano, encontrando abrigo em esgotos, tubulações de águas pluviais, latas de lixo e fossas sépticas. Por coexistirem com os seres humanos, elas também se adaptaram aos hábitos humanos, encontrando acesso a alimentos com facilidade.
Baratas podem transmitir diversas doenças, algumas das quais são: