O ensaio é um dos gêneros textuais mais reconhecidos e valorizados na literatura e na escrita acadêmica. Ao longo da história, o ensaio tem sido um meio poderoso de expressão e argumentação, permitindo que autores expressem suas opiniões, analisem ideias e discutam tópicos com profundidade.
Nesse sentido, esse é um dos gêneros cobrados em alguns vestibulares tradicionais e está presente em diversos momentos da vida acadêmica. Por isso, apresentamos abaixo um breve resumo sobre esse gênero textual.
O termo “ensaio” tem suas raízes na língua francesa e significa “tentativa” ou “experiência”. O gênero textual do ensaio foi popularizado por Michel de Montaigne, um filósofo e escritor francês do século XVI, que é frequentemente considerado o pai do ensaio moderno.
Montaigne escreveu uma série de ensaios pessoais nos quais explorava suas próprias experiências, pensamentos e reflexões sobre uma variedade de tópicos.
O ensaio foi introduzido na literatura inglesa por Francis Bacon no século XVII. Bacon escreveu ensaios que abordavam questões filosóficas, científicas e morais, estabelecendo o ensaio como uma forma respeitável de expressão intelectual.
Um ensaio é um texto curto, não fictício, que aborda um tópico específico de maneira aprofundada e, principalmente, argumentativa. É uma forma de expressão escrita que permite ao autor desenvolver uma linha de raciocínio, apresentar argumentos e oferecer insights pessoais sobre um assunto.
Desse modo, em resumo, o ensaio é uma plataforma para a expressão de pensamentos, ideias e opiniões de forma clara e coesa. Para compreender completamente esse gênero textual, é fundamental estar ciente de suas principais características. Confira a seguir!
O ensaio é fundamentalmente argumentativo. Isso significa que o autor apresenta um ponto de vista ou uma tese sobre o tópico e fornece argumentos lógicos e evidências para sustentá-lo. Portanto, a persuasão é uma parte essencial do ensaio, pois o autor busca convencer o leitor da validade de sua perspectiva.
Os ensaios não se limitam a discutir superficialmente um tópico, mas buscam explorar questões de maneira profunda e reflexiva, muitas vezes indo além das análises superficiais e das opiniões óbvias. A reflexão crítica é uma característica chave do ensaio.
Ao contrário de outros gêneros textuais que têm estruturas rígidas, o ensaio oferece flexibilidade na organização. Embora muitos ensaios sigam uma estrutura básica, como introdução, desenvolvimento de argumentos e conclusão, essa estrutura pode variar de acordo com a abordagem do autor.
O ensaio permite que o autor mostre sua voz e estilo pessoais. Embora o tom seja geralmente formal e objetivo, é comum que os ensaios revelem a personalidade do autor e sua perspectiva única sobre o assunto.
Os ensaios podem abordar uma ampla variedade de temas, desde questões sociais e políticas até temas filosóficos, científicos e culturais. A versatilidade do ensaio o torna um gênero textual adequado para explorar quase qualquer tópico de interesse.
Existem vários tipos diferentes de ensaios, cada um com características específicas. Alguns dos tipos mais comuns são:
Argumentativo – Este tipo de ensaio tem como objetivo persuadir o leitor a adotar um ponto de vista específico, apresentando argumentos convincentes e evidências.
Expositivo – Nesse formato, o autor explora um tópico de maneira informativa, apresentando fatos, conceitos e informações de forma clara e objetiva.
Descritivo – É quando o autor descreve detalhadamente um objeto, lugar, evento ou pessoa, usando linguagem vívida e sensorial para criar uma imagem viva na mente do leitor.
Narrativo – Esse tipo de ensaio conta uma história ou narra uma experiência pessoal, frequentemente relacionando-a a uma mensagem ou lição.
Persuasivo – Similar ao ensaio argumentativo, esse tipo busca convencer o leitor a tomar uma ação específica, apresentando argumentos persuasivos e apelos emocionais.
Crítico – Nesse caso, o autor analisa uma obra de arte, livro, filme ou outro texto, oferecendo uma crítica construtiva e reflexões sobre seu significado e impacto.
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