Economia

Número de transações via PIX bate recorde no Brasil

O uso do PIX cresce de maneira significativa no Brasil. Nesta semana, um levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelou que o sistema de pagamento instantâneo bateu um novo recorde no país, informação que mostra a sua importância para a população brasileira.

De acordo com os dados do levantamento, houve 66 bilhões de transferências via PIX entre 16 de novembro de 2020 e 31 de outubro de 2023. A saber, o sistema entrou em vigor no país no final de novembro de 2020 e logo caiu na graça dos brasileiros, tornando-se a principal foram de movimentação financeira no Brasil.

Vale destacar que o levantamento realizado pela Febraban utilizou dados do Banco Central (BC) e da Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços para chegar aos números dos últimos três anos.

PIX responde por 93% das transações no 1º semestre

A Febraban também revelou que houve 17,6 bilhões de transações via PIX no primeiro trimestre de 2023. Esse número correspondeu a 93% do total de transações bancárias realizadas no Brasil no período, mostrando a dominação do PIX no país.

A título de comparação, as transações realizadas em todo o ano de 2022 chegaram a 24,1 bilhões, ou seja, os seis primeiros meses deste ano já tiveram 73% do total de transações em 2022. Isso mostra que o número anual deverá superar significativamente o montante registrado no ano passado.

Aliás, a quantidade de transações deverá ficar ainda mais expressiva no segundo semestre deste ano, porque houve diversos recordes de transações realizadas em um único dia via PIX. O último foi registrado no dia 6 de outubro, quando houve 163 milhões de transferências via PIX

A propósito, o recorde anterior foi registrado no dia 6 de setembro, quando foram realizadas 152,7 milhões de transações por PIX no Brasil. Isso mostra que a movimentação de valores via PIX só fez crescer no país nos últimos meses.

PIX está sendo utilizado cada vez mais pelos brasileiros. Imagem: Shutterstock.

Novas modalidades impulsionam números

Os números do sistema de pagamento instantâneo estão crescendo de maneira expressiva no Brasil graças à adesão da população. O PIX caiu na graça dos brasileiros, que o utilizam cada vez mais devido à praticidade do sistema.

A cada dia que se passa, mais pessoas cadastram chaves PIX, aumentando a quantidade de usuários no sistema. Além disso, o BC segue lançando novas modalidades do sistema, como o Pix Saque e o Pix Troco, que bateram recorde em agosto deste ano, com números bastante expressivos.

Em síntese, a implementação de novos formatos atrai mais usuários, que podem sacar dinheiro ou receber os valores em espécie em qualquer ponto de venda, como uma loja de bairro, uma padaria ou um supermercado, desde que utilizem essas modalidades.

Inclusive, o BC revelou que o PIX poderá ter mais funcionalidades no país do que o imaginado pela população. A saber, o relatório de gestão do Pix, divulgado em agosto, trouxe uma análise sobre a ferramenta de pagamentos entre 2020 e 2022, primeiros anos de funcionamento do Pix no Brasil.

O relatório também informou algumas previsões em relação a novas funcionalidades que o BC poderá incorporar no futuro. Por falar nisso, há diversas finalidades pensadas pela autarquia para o Pix, que deverá aumentar sua presença nos mais diversos ambientes e sistemas financeiros.

Pix deve acabar com o cartão de crédito, diz Campos Neto

De acordo com cálculos do BC, houve mais de 3,5 milhões de transações via Pix até o dia 31 de julho. Em suma, estas operações somaram aproximadamente R$ 1,4 trilhão, refletindo a utilização disseminada entre os brasileiros.

Nos últimos meses, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, vem afirmando que o Pix deverá assumir o lugar dos cartões de crédito no país em algum momento. Aliás, o BC vem planejando utilizar o sistema de pagamento instantâneo dessa maneira, ocupando o lugar dos cartões de crédito.

Inclusive, a imprensa está chamando a nova funcionalidade de “Pix crédito”, apesar de não haver qualquer previsão em relação a seu lançamento. Em síntese, a nova função teria o poder de dispensar as bandeiras dos cartões de crédito, promovendo uma redução dos custos e das taxas de juros. Isso aconteceria pois devido à redução de um intermediário no processo de utilização dos cartões.

Você já ouviu falar no Pix Automático?

Em resumo, o Pix Automático funcionará como uma versão do débito automático, de maneira mais aprimorada. Este serviço vai permitir aos usuários o pagamento de despesas recorrentes, como contas de luz, água e telefone, e dívidas parceladas a longo prazo.

O funcionamento do Pix Automático ocorrerá através do convênio entre a prestadora de serviços e os bancos. Como poucos bancos oferecem essa modalidade, a nova funcionalidade deverá impactar fortemente a concorrência, segundo o Banco Central.

No brasil, o débito automático depende de convênios bilaterais com as instituições. Portanto, há muita complexidade operacional, sem contar nos custos elevados. Tudo isso restringe o serviço a grandes empresas, ou seja, a população em geral não tem acesso ao serviço, mas sim as prestadoras de serviços públicos, em sua maioria.

Com a entrada em funcionamento do PIX Automático, as empresas de qualquer segmento e porte poderão acessar a funcionalidade. Em outras palavras, haverá uma abrangência do serviço, que permitirá o débito de consumo de vários serviços, como energia elétrica, gás, streaming, escolas, condomínios e academias, entre outros.