O novo RG, oficialmente chamado de Carteira de Identidade Nacional (CIN), já está sendo emitido em 11 estados brasileiros. Neste artigo, vamos explorar os detalhes sobre esse novo documento, incluindo onde ele está sendo emitido e quem pode solicitá-lo. Além disso, discutiremos as mudanças implementadas no novo RG e as polêmicas em torno dessas alterações.
Os estados que já aderiram ao novo documento são: Acre, Alagoas, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Piauí e Pernambuco emitem os dois modelos de RG. Essa expansão gradual da emissão do novo RG para diferentes estados brasileiros visa facilitar a atualização e padronização dos documentos de identidade em todo o país.
O novo RG apresenta alguns avanços significativos em relação ao modelo anterior. Agora, existem versões do documento em papel e digital, semelhante ao que já ocorre com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). É importante destacar que a versão antiga do RG ainda é válida até 28 de fevereiro de 2032, portanto, não é necessário trocar o documento imediatamente.
Uma das principais mudanças no novo RG é a unificação do campo “nome”. Anteriormente, existia uma distinção entre o nome social e o nome de registro civil. Agora, o campo “nome” engloba ambos, eliminando a necessidade de diferenciação entre eles. Essa alteração busca promover o respeito à autoidentificação das pessoas.
Outra mudança significativa é a eliminação do campo “sexo” no novo RG. Essa alteração foi motivo de polêmica e críticas. O Ministério Público Federal (MPF) argumentou que a inclusão dessa informação não é necessária do ponto de vista administrativo ou burocrático.
Além disso, o MPF levou em consideração as pessoas intersexo, que possuem variações naturais nas características corporais em relação ao sexo biológico.
Uma das novidades do novo RG é a inclusão de um QR Code, que permite verificar a autenticidade do documento e identificar se foi furtado ou extraviado. Essa medida visa aumentar a segurança e dificultar possíveis fraudes.
A validade do novo CIN varia de acordo com a idade do titular. Para pessoas com até 11 anos e 364 dias, o documento é válido por cinco anos. Já para pessoas de 12 a 59 anos e 364 dias, a validade é de dez anos. Para maiores de 60 anos, a validade é indeterminada.
O novo RG traz benefícios significativos para os cidadãos brasileiros. Com a implementação da nova identidade, o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) se torna o único número identificador, eliminando a necessidade de portar diversos RGs para cada unidade da Federação. Essa simplificação facilita a vida do cidadão e reduz a burocracia envolvida na apresentação de documentos.
Além disso, a inclusão do QR Code no novo RG proporciona mais segurança, permitindo que as autoridades verifiquem rapidamente a autenticidade do documento. Isso contribui para combater a falsificação e o uso indevido de identidades.
Apesar dos avanços e benefícios trazidos pelo novo RG, algumas polêmicas surgiram em relação às mudanças implementadas. O Ministério Público Federal (MPF) questionou a constitucionalidade do novo modelo, alegando que a exigência do nome de registro antes do nome social viola o direito à autoidentificação das pessoas trans. Essa ordem poderia expor um nome que não representa a identidade desejada.
Além disso, a inclusão do campo “sexo” também foi alvo de críticas. O MPF argumentou que essa informação não é essencial do ponto de vista administrativo ou burocrático. Essa discussão também levou em consideração as pessoas intersexo, que não se encaixam na tradicional dicotomia de gênero.
Ademais, o novo RG, ou CIN, representa um avanço importante na documentação de identidade no Brasil. Com as mudanças implementadas, busca-se promover o respeito à autoidentificação das pessoas, simplificar a apresentação de documentos e aumentar a segurança. Apesar das polêmicas em torno do novo modelo, é fundamental reconhecer os benefícios que ele traz para a sociedade na totalidade.
A emissão gradual do novo RG em diferentes estados brasileiros é um passo importante para a modernização e padronização dos documentos de identidade em todo o país.