O preço do etanol caiu pela segunda semana consecutiva nos postos do país. O biocombustível ficou 0,80% mais barato nas bombas, o que representa uma queda de três centavos em relação à semana anterior.
Com isso, o preço médio do litro do biocombustível recuou para R$ 3,74 no país. Esse é o menor valor do etanol desde a última semana de outubro de 2022 (R$ 7,63), ou seja, em quase oito meses.
Isso indica que o combustível está com preços mais acessíveis para os motoristas no governo Lula, em relação às últimas semanas do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em resumo, os dados fazem parte do levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e divulgado semanalmente. A entidade coleta preços do etanol, da gasolina e do diesel em milhares de postos do país. O levantamento teve início em 2004.
Cabe salientar que o etanol geralmente acompanha as variações da gasolina, visto que não há regulação dos preços do biocombustível no país. Assim, as variações do etanol são definidas pela razão entre oferta e procura, oscilando, principalmente, conforme às variações nos preços da gasolina, sua concorrente nas bombas.
Na semana passada, o preço da gasolina também caiu nos postos do país, e o etanol seguiu a mesma trajetória. Isso porque, quando a gasolina fica mais barata, os motoristas costumam recorrer a ela, deixando o etanol de lado. Assim, a demanda acaba se retraindo e os produtores passam a reduzir o preço do biocombustível para atrair mais consumidores.
Na semana passada, o etanol ficou mais barato em todas as regiões brasileiras. Confira as quedas registradas: Centro-Oeste (nove centavos), Nordeste (quatro centavos), Norte (dois centavos), Sudeste (dois centavos) e Sul (dois centavos).
Os preços médios do etanol nas regiões brasileiras foram os seguintes:
Além disso, a ANP revelou que o preço do etanol caiu em 25 das 27 Unidades Federativas (UFs). Os maiores recuos foram observados em Amapá (22 centavos), Ceará (12 centavos), Goiás (11 centavos), Distrito Federal (oito centavos), Espírito Santo (sete centavos), Rio Grande do Norte (sete centavos), Mato Grosso do Sul (seis centavos) e Santa Catarina (seis centavos).
Os únicos locais que tiveram alta na semana passada foram Roraima e Alagoas. No estado nortista, o preço do etanol disparou 6,94%, o que representa uma alta de 35 centavos. Nesse caso, os motoristas de Roraima devem ter sentido no bolso o encarecimento do biocombustível. Já no estado nordestino, a alta foi de apenas dois centavos.
Em síntese, nenhum estado do Norte comercializou o etanol a preços inferiores à taxa nacional (R$ 3,74). Isso explica por que a região tem o maior preço médio do país. Aliás, o menor valor do Norte foi observado no Tocantins (R$ 4,50), ficando 20,3% acima da taxa média nacional.
Da mesma forma, nenhum estado das regiões Nordeste e Sul comercializou o etanol a preços menores que R$ 4,00. Esse dado também explica o porquê destas regiões também terem registrados valores acima do preço médio do país.
Confira abaixo os estados que tiveram os preços mais elevados do etanol na semana passada:
Em suma, os maiores preços médios do país vieram de estados do Norte, seguidos por Nordeste e Sul. A propósito, o valor médio no Sul não foi o segundo maior do país graças ao Paraná, cujo preço do etanol foi de R$ 4,09, puxando a média regional para baixo, mas ainda bem acima da média nacional.
Muitos motoristas ficam indecisos sobre qual combustível escolher para abastecer seus veículos. No entanto, vale destacar que a melhor opção nos últimos meses tem sido a gasolina, em vez do etanol.
Na verdade, ambos os combustíveis estão ficando mais baratos no país nas últimas semanas, para alívio dos motoristas. Contudo, com o acréscimo das variações da semana passada, o etanol apresentou um melhor custo-benefício que a gasolina apenas nos seguintes estados:
Em resumo, o valor do etanol deve ser igual ou inferior a 70% do preço da gasolina para que seja mais vantajoso para os motoristas. Caso o resultado da equação supere os 70%, os motoristas devem optar pela gasolina, pois ela oferecerá um rendimento melhor ao veículo.
De acordo com os dados da ANP, apenas três estados tiveram um percentual igual ou inferior a 70%. No entanto, nas 24 UFs restantes, a taxa superou os 70%, caracterizando a gasolina como mais vantajosa.