O Novo Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) apresenta uma série de mudanças que têm como objetivo combater a inadimplência do programa e oferecer mais oportunidades para estudantes brasileiros realizarem o sonho de ingressar no ensino superior. Nesse sentido, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que o projeto de regulamentação do novo Fies será enviado à Casa Civil e, posteriormente, ao Congresso Nacional para aprovação.
Uma das principais propostas do novo Fies é a retomada do financiamento integral do ensino superior. Isso significa que estudantes que não têm condições de arcar com os custos da universidade poderão contar com o apoio do programa para financiar seus estudos. Além disso, o novo Fies visa equalizar o endividamento dos alunos, oferecendo condições mais favoráveis para o pagamento das mensalidades.
O texto do novo Fies também inclui medidas para aprimorar os cursos de pedagogia e, consequentemente, a formação dos professores. Atualmente, cerca de 86% dos cursos de pedagogia são realizados à distância. No entanto, o objetivo é estimular a formação presencial ou mista nessa área, tornando-a mais efetiva. Para isso, o Fies será usado como um mecanismo de financiamento diferenciado para os cursos de licenciatura, visando a formação inicial dos professores.
Outra novidade importante é a regulamentação das escolas de ensino integral. Assim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá sancionar o projeto até o final do mês. O Ministério da Educação ressalta que essa é uma das grandes bandeiras do presidente, uma vez que as evidências mostram que a escola em tempo integral oferece mais oportunidades para crianças e jovens. Nesse modelo, os estudantes passam o dia inteiro na escola, participando de diversas atividades, como refeições, atividades físicas, aulas de informática, artes e reforço escolar. Vários países ao redor do mundo adotam essa abordagem.
O Senado aprovou, no dia 11, uma proposta que incentiva a ampliação das vagas de ensino integral na educação básica. O projeto de lei, que já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados no início de julho, permite que a União faça transferências financeiras aos estados e municípios que aderirem ao Programa Escola em Tempo Integral. O objetivo é criar 1 milhão de novas matrículas nessa modalidade nos próximos anos. O investimento previsto pelo Executivo é de pelo menos R$ 2 bilhões em 2023 e 2024.
De acordo com a proposta, as escolas em situação de maior vulnerabilidade social terão prioridade no Programa Escola em Tempo Integral. Isso significa que regiões com maiores desafios socioeconômicos receberão mais recursos para expandir a oferta de vagas nesse modelo de ensino. Essa medida busca diminuir as desigualdades educacionais e garantir que todos os estudantes tenham acesso a uma educação de qualidade.
O novo Fies traz esperança para estudantes brasileiros que desejam ingressar no ensino superior, mas não possuem condições financeiras para isso. Com a retomada do financiamento integral e a equalização do endividamento, mais jovens terão a oportunidade de realizar seus sonhos acadêmicos. Além disso, a regulamentação das escolas de ensino integral visa proporcionar uma educação mais completa e abrangente aos estudantes, preparando-os para os desafios do futuro. O investimento na ampliação das vagas de ensino integral também contribui para reduzir as desigualdades sociais e educacionais no país. Dessa forma, o novo Fies é um passo importante para o desenvolvimento da educação no Brasil e para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária.