O Secretário Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, disse em entrevista nesta segunda-feira (21) que o valor médio do novo Bolsa Família vai se aproximar dos R$ 300. De acordo com ele, a ideia do Ministério da Economia é se aproximar ao máximo desse valor.
Há exatamente uma semana, o Presidente Jair Bolsonaro cravou que a média de repasses do novo programa seria de R$ 300. No entanto, de acordo com informações da imprensa, ele esqueceu de combinar com a equipe econômica. A turma de Guedes queria pagar um benefício médio de R$ 250.
Acontece que depois da declaração do Presidente, o Ministério estaria tentando subir a projeção. Pela declaração de Onyx, o valor médio não deve subir para a casa dos R$ 300. No entanto, deve ficar perto disso. Pelo menos esse é o desejo do Governo Federal neste momento.
“O desejo é que ele chegue o mais próximo possível dos 300 reais como ticket médio, pois existem várias nuances de composições familiares. O desejável é que na média, a família que ganha menos e a família que ganha mais, a gente atinja esse valor”, disse.
Como disse o Ministro, tudo isso se trata de uma média. Então se o Governo fechar o pagamento em R$ 270, por exemplo, isso não vai querer dizer que todo mundo vai receber esse valor. Alguns receberão mais e outros receberão menos, mas todos ficarão em volta desse montante.
Ainda de acordo com Lorenzoni, o Governo deverá fazer o anúncio com todos os detalhes do programa muito em breve. Ele aposta que o Presidente deverá divulgar todas as informações para a população ainda nesta semana. No entanto, ele evitou cravar uma data para isso acontecer.
Quando o Presidente Bolsonaro disser os novos valores, ele certamente dirá também o nome do novo Bolsa Família. É que a ideia principal do Palácio do Planalto é alterar esse detalhe. O objetivo é se afastar o máximo possível das gestões do ex-presidente Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff, ambos do PT.
Dentro do Governo há quem defenda o nome Alimenta Brasil. No entanto, isso ainda não é uma questão fechada. A ideia principal é fazer com que a nova nomenclatura aproxime o projeto do Presidente Jair Bolsonaro a alguns meses das eleições presidenciais.
Em entrevista no final do última semana, o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia criticou duramente essa postura de Bolsonaro. Ele comparou o Presidente com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) nos últimos momentos do seu primeiro governo.
Na visão de Maia, Dilma teria esquecido a preocupação com os gastos públicos para tentar se reeleger no processo eleitoral de 2014. Agora, Maia afirma que Bolsonaro estaria fazendo a mesma coisa aumentando os valores dos pagamentos do Bolsa Família.
O Governo Federal não respondeu essa crítica de Maia. No entanto, nas redes sociais apoiadores do Palácio do Planalto defenderam a atitude de Bolsonaro afirmando que ele precisa dar essa ajuda para a população neste momento de pandemia do novo coronavírus.