Dados do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) mostram que o Bolsa Família do governo federal já ajudou a reduzir a pobreza entre os usuários do programa social. A informação foi confirmada por meio de um estudo que teve os seus dados divulgados pelo representante do Instituto, Rafael Osório.
De acordo com Osório, o estudo analisou a queda da pobreza apenas entre os usuários que fazem parte do programa social. De acordo com ele, ainda não é possível determinar se os pagamentos desta nova versão do Bolsa Família terão influência nos números da pobreza no Brasil.
De acordo com o levantamento do Ipea, em janeiro deste ano, o Bolsa Família atendeu cerca de 21,7 milhões de pessoas de todas as regiões. Naquela ocasião, cerca de 4,5 milhões de usuários seguiam na condição de pobreza. Em setembro deste ano, 21,2 milhões de pessoas recebem o Bolsa Família, das quais 1,5 milhão continuam pobres.
“Vemos uma redução da pobreza, mas ainda temos essa questão para resolver. Diga-se de passagem, em nenhum momento da história, o Bolsa Família tirou todos os seus usuários da situação de pobreza”, disse Osório.
Segundo o Ipea, 19,7 milhões de famílias que fazem parte do programa social atualmente estão protegidas da pobreza muito em função dos pagamentos do benefício. Em relação a situação de extrema-pobreza, não há problemas. De acordo com o Ipea, com o atual Bolsa Família, nenhum usuário é extremamente pobre.
O Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda do país. De acordo com as informações do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, pouco mais de 21,2 milhões de pessoas estão aptas ao recebimento do benefício social neste mês de setembro.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, o valor de R$ 600 é pago para as famílias que tenham até quatro integrantes. Quando o número de cidadãos que residem em uma mesma casa passa de cinco, o valor vai sendo elevado gradativamente. Veja abaixo:
Vale lembrar que o Ministério considera como integrante todo membro familiar, independente da idade e do grau de trabalho. Um bebê recém-nascido, por exemplo, conta como um integrante da família.
Note na tabela acima que a depender da quantidade de integrantes, uma mesma família vai poder receber valores maiores do que aqueles que são pagos hoje para o salário mínimo, que atualmente realiza liberações de R$ 1.320 por família.
Mas para além dos pagamentos regulares, o governo federal também realiza repasses dos chamados adicionais nas contas dos usuários. Tais liberações extras são feitas apenas para alguns grupos que fazem parte do Bolsa Família, e estão sendo pagos desde março deste ano.
Para o mês de setembro, as regras são as mesmas. Abaixo, você pode conferir os valores para determinados grupos familiares. Os pagamentos começaram a ser realizados na segunda-feira (18).
Quem faz parte do Bolsa Família e se encaixa em alguns dos grupos citados acima, vai receber o saldo de maneira automática na mesma conta em que os repasses regulares são realizados. Assim, não há necessidade de realizar nenhum tipo de solicitação neste sentido.