Um estudo realizado em colaboração entre a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Banco Mundial e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome trouxe notícias promissoras para milhões de famílias brasileiras. De acordo com os resultados da pesquisa, cerca de 3 milhões de famílias beneficiárias do programa Bolsa Família conseguiram deixar a situação de pobreza ao longo deste ano.
Os dados revelados pela pesquisa destacam o impacto positivo do programa social no combate à pobreza no Brasil. No início de 2023, o programa contava com um total de 21,7 milhões de famílias inscritas, das quais 4,5 milhões eram consideradas em situação de pobreza. Contudo, os números mais recentes, referentes a setembro, indicam que apenas 1,5 milhão de famílias ainda são classificadas como vivendo abaixo da linha da pobreza, entre os 21,2 milhões de beneficiários.
O estudo ressalta a importância do Bolsa Família como um instrumento crucial para melhorar as condições de vida das famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Além disso, evidenciou a eficácia das políticas públicas que visam a inclusão social e o alívio da pobreza no país.
Linha da pobreza no Brasil
De acordo com o estudo, a linha de pobreza usada como referência foi estabelecida em R$ 218 mensais per capita. Essa medida é usada para determinar se uma pessoa ou família está vivendo abaixo do nível mínimo de subsistência econômica.
Surpreendentemente, o estudo revelou que nenhum dos beneficiários do Bolsa Família se encontra abaixo dessa linha de pobreza, uma vez que todos recebem pelo menos R$ 142 por pessoa na família, o que supera consideravelmente o valor de referência.
O estudo destacou que não há ninguém entre os beneficiários do programa vivendo em situação de pobreza extrema, que é definida como uma renda per capita de R$ 109 ou menos. Essa notícia é particularmente significativa, pois mostra que o Bolsa Família desempenha um papel vital na prevenção da pobreza extrema no país
“De 21,4 milhões de famílias que temos no programa, 19,7 milhões estão numa situação de superar a chamada linha abaixo da pobreza, ou seja, são aquelas famílias que recebem todo mês uma renda per capita superior a R$ 218 que, pelo padrão brasileiro, é capaz de garantir as condições de tomar café, almoçar e jantar todo dia”, afirmou Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social.
Veja qual o valor do Bolsa Família
O programa Bolsa Família tem desempenhado um papel crucial no combate à pobreza e na promoção da inclusão social no Brasil. Com valores atualizados e uma abordagem focada nas necessidades das famílias, o programa visa proporcionar um suporte financeiro que ajuda milhões de brasileiros a atender às suas necessidades básicas e melhorar sua qualidade de vida.
O valor mínimo do Bolsa Família é de R$ 600, representando um aumento significativo em relação aos anos anteriores. Esse montante serve como uma base fundamental para as famílias em situação de vulnerabilidade econômica. Além disso, o programa reconhece a importância de apoiar as crianças nos primeiros anos de vida. Portanto, famílias que têm crianças de até 6 anos recebem um adicional de R$ 150 por criança.
Outro aspecto essencial do Bolsa Família é a consideração das gestantes e dos filhos entre 7 e 18 anos. As famílias que se enquadram nessas categorias recebem um adicional de R$ 50 por integrante que atenda aos requisitos estabelecidos. Esse adicional é um reconhecimento da importância de apoiar as gestantes durante o período de gestação e de garantir que as crianças em idade escolar tenham as condições necessárias para frequentar a escola.