A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (25) um novo reajuste nos preços dos combustíveis. A gasolina terá um aumento de R$ 0,21 por litro, e o diesel, R$ 0,28 por litro. A nova correção passará a valer a partir de amanhã, terça-feira (26).
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Conforme os dados apresentados, os reajustes representam uma alta de 7% na gasolina, e de 9,2% no diesel. Desta forma, o preço médio da venda da gasolina às distribuidoras passará de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro, o diesel de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro.
De acordo com a estatal, a justificativa do aumento é uma alternativa para parear os preços do país com os valores do combustível no mercado internacional e do petróleo. No exterior, a grande demanda perante diante ao baixo nível de produção fez com que o petróleo ficasse mais caro. No Brasil, a oferta atípica mais a disparidade do dólar reflete ao alto custo dos combustíveis.
“A Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”, disse a Petrobras em comunicado.
O presidente da república, Jair Bolsonaro, já havia anunciado o aumento no último domingo (24). No entanto, ele ressaltou que não pretende interferir na tabela com os novos preços.
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, informou que o Governo Federal deve se beneficiar dos dividendos repassados pela Petrobras e ainda, possivelmente, privatizar a estatal e garantir novos auxílios para contemplar a população vulnerável.
Caso isso ocorra, o Governo será o sócio majoritário da empresa. Segundo o ministro, não há sentido o enriquecimento do país quando a população continua pobre. Guedes está Washington para a reunião anual do FMI e do Banco Mundial. Ele ressalta querer incluir o Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), recorrendo ao pedido novamente.
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Conforme algumas informações concedidas pela Reuters, o ministro mencionou a pretensão do Governo em vender as ações da Petrobras, privatizá-la e com o valor obtido criar novas políticas sociais. “Quando o preço do combustível sobe, os mais frágeis estão com dificuldades. E que tal se eu vender um pouco das ações da Petrobras e der para eles esses recursos? ”, disse o Guedes.
O Governo tem sido pressionado com a recorrência de aumentos no preço dos combustíveis e do gás de cozinha, que no último sábado (9) sofreu um aumento de 7,22%. Só neste ano, a gasolina acumula uma alta quase 50% e o botijão de gás de 13kg por volta de 20%.
O chefe da equipe econômica também disse apoiar a privatização de todas as estatais. Em específico no caso da Petrobras, uma sugestão pode ser levá-la ao Novo Mercado mantendo o controle sobre a estatal através de uma golden share.
A alteração poderia gerar um valor adicional de R$ 100 bilhões a R$ 150 bilhões para a empresa, conforme a declaração de Guedes. Além disso, “pode subir mais ainda se eu falar que eu vou privatizar, abrir mão do controle”, a depender se a estatal for transformada em uma “corporation”, de acordo com a aprovação do Eletrobras.